Figura 1. Fonte: https://www.facebook.com/photo/?fbid=3443378722389565&set=pcb.3443378919056212&locale=pt_BR
Por Fernando Garrido
Korfball/Corfebol/Korfebol:
cooperação, espírito de equipe, inclusão, integração social e igualdade de
gênero!
Quando o esporte apareceu por aqui?
O corfebol chegou ao Brasil em
1980, por meio de professores de educação física formados na Universidade Gama
Filho (UGF).
O primeiro contato dos
recém-formados com o jogo ocorreu durante uma viagem de confraternização de
final de curso e um congresso na Áustria. Os primeiros momentos do esporte
foram marcados pelo improviso, com utilização de bolas de voleibol e tabelas de
basquetebol.
Naquele mesmo ano, o professor de
educação física Álvaro Aníbal A. de Magalhães apresentou o jogo no 1º Congresso
Pan-Americano de Esporte para Todos, em Curitiba (PR), onde teve grande
aceitação.
As primeiras equipes de corfebol do
país apareceram no Colégio Anglo-Americano, em Botafogo, e no Clube da Light,
no Grajaú, no Rio de Janeiro. Demonstrações do jogo também começaram a ser
realizadas em universidades.
O corfebol foi reconhecido como
esporte pelo antigo Conselho Nacional de Desportos (CND) em 6 de fevereiro de
1985. Seu primeiro clube, a Associação Atlética de Corfebol (AAC), foi vinculado
diretamente àquele órgão. Posteriormente, a Confederação Brasileira de
Desportos Terrestres (CBDT) assumiu a responsabilidade sobre o desenvolvimento
do esporte.
Em 1998, o corfebol ressurgia
depois de momentos de letargia. A iniciativa foi do professor de educação
física Marcelo Bepi Soares, então aluno da Universidade Castelo Branco (UCB).
Uma das primeiras ações de
Marcelo “Korfebol”, conforme ficou conhecido, foi introduzir o jogo na formação
educacional e social. O corfebol chegou à Comunidade Fernão Cardin, no bairro
de Pilares (RJ), ainda em 1998, jogado de forma improvisada. A comunidade
integrava o Projeto Favela-Bairro, da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. O
jogo começou progressivamente a ganhar seguidores.
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Figura 2. Fonte: https://www.facebook.com/photo/?fbid=2578247762410405&set=pcb.2578247852410396
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Na virada para este século, um
elenco de fatores começou a impulsionar o corfebol brasileiro, entre eles:
· A
integração do esporte aos temas de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) na
graduação de educação física da UCB em 1998.
· A
promoção de ações para divulgar o esporte pelo professor Cláudio Ferreira de
Oliveira, companheiro de turma do professor Marcelo Soares.
· Clubes
sediando as disputas dos jogos em outubro de 2000. Um dos primeiros foi o
Esporte Clube Valim, no Méier (RJ), bairro onde mais tarde surgiu uma escolinha
do esporte na quadra do Quartel da Polícia Militar.
· A prática
do corfebol integrada às “Ruas de Lazer” – áreas públicas – chamava a atenção
da sociedade brasileira. A primeira foi a Rua Dias da Cruz, também no Méier. A
iniciativa contou com o auxílio de Wagner Coe, então integrante da Secretaria
de Esporte e Lazer do Rio de Janeiro.
· A
reconhecimento da atuação destacada de Marcelo Soares no desenvolvimento do
esporte, em 2000, pela Federação Internacional de Corfebol (IKF). A convite da
entidade, que o declarou “divulgador do esporte”, o professor foi à Holanda
participar de curso para técnicos, retornando com bolas e cestas oficiais.
· O
reconhecimento de Marcelo como representante oficial do esporte e árbitro
internacional credenciado pela IKF trazendo o aumento de responsabilidades no
esporte.
· A expansão
da oferta do corfebol em clubes e escolas de Minas Gerais, São Paulo e Rio de
Janeiro, como ocorrera no Clube dos Suboficiais e Sargentos da Aeronáutica
(CSSA), no bairro de Cascadura (RJ), em 2001.
· A
realização de palestras pelos professores Nuno Ferro e Jorge Ramos, representantes
da IKF em Portugal, no primeiro Curso de Corfebol para estudantes da UCB, nas
instalações da Faculdade Mercúrio e nas Universidades Federal Rural e Moacyr
Bastos, em 2002;
· A chegada
do esporte ao meio acadêmico como disciplina eletiva, em especial na UGF, em
2003, ampliando sua divulgação no país.
· A
introdução do corfebol em eventos no meio acadêmico, como na Semana da Educação
Física, na UGF, e em palestras nas disciplinas Recreação e Teoria e Prática
do Jogo, apoiadas pelos professores Guilherme Pacheco (Coordenador do
Curso de Educação Física da UGF), Ludmila Mourão, Gabriela Aragão e Ingrid
Fonseca.
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Figura 3. Fonte: Facebook.com/photo/?fbid=1100272821610193&set=pcb.1100278591609616&locale=pt_BR |
· A
disseminação do corfebol em novos clubes e na mídia eletrônica tradicional do
país, como ocorrera no Esporte Clube Minas Gerais (ECMG), em Belo Horizonte
(MG), com Karla Andrade, diretora de marketing do clube, em 2003. A iniciativa
levou o corfebol à TV Alterosa e ao jornal Diário
da Tarde. Nesse mesmo ano, uma clínica do esporte foi realizada no Sesc de
Santo Amaro (SP).
· A
veiculação do esporte nos programas Ana
Maria Braga, Esporte Espetacular
e Jornal Nacional, da Rede Globo, em
2004.
· O
reconhecimento oficial do Brasil pela IKF como praticante do esporte, em ato
homologado no Congresso Mundial da IKF, em Amsterdã (Holanda), em 8 de novembro
de 2003. O ato garantia a participação do país em competições internacionais da
entidade e do Comitê Olímpico Internacional (COI).
· A
organização de competições nacionais, como o 1º Campeonato Brasileiro de
Corfebol, em 11 de outubro de 2004. A final foi disputada pelas equipes do
estado do Rio de Janeiro e de Americana (SP) no ginásio da Escola de Educação
Física e Desportos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). A equipe
paulista foi a vencedora.
· A interiorização
do corfebol em cidades do entorno dos grandes centros urbanos do país a partir de
2005. O esporte aparecia nos municípios de Joatuba (SP) e Casemiro de Abreu
(RJ). A importância do esporte como formação educacional crescia em escolas municipais
e estaduais.
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Figura 4. Fonte: https://www.facebook.com/photo/?fbid=3443378752389562&set=pcb.3443378919056212&locale=pt_BR
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· O
interesse pelo corfebol como ferramenta de formação educacional e social em
instituições como a Universidade de Mogi das Cruzes (SP), o Sesc Madureira (RJ)
e a Universidade de Itaúna (MG). Além disso, o esporte foi tema de palestra na
Fundação Getúlio Vargas (RJ) e integrou-se ao programa de atividades do 8º
Santa Mônica Fitness (RJ).
· A atuação
destacada do professor Marcelo, que assumiu diversas funções a partir de 2006,
entre elas: técnico da primeira seleção de corfebol do Brasil, integrada por
amigos, familiares e alunos das escolas onde lecionava, e presidente da
Confederação Brasileira de Corfebol.
· A
organização das primeiras competições internacionais de corfebol no país a
partir de 2006. A primeira delas foi o Desafio Brasil x Portugal. No final daquele
ano, as seleções de corfebol do Brasil e dos Estados Unidos disputaram a única
vaga do continente americano para o Mundial, realizado na República Tcheca em
2007, em um melhor de 3 jogos.
· O início
da criação Confederação Brasileira de Corfebol (CBCO), entidade de direção
esportiva nacional.
· A expansão da prática do
corfebol em locais públicos intensificando o aparecimento de novas competições
e novos atletas.
· A presença marcante do corfebol de rua (street korfball), que chegou a ser transmitido da orla de
Copacabana pela Rede Bandeirantes de Televisão em setembro de 2007.
· O surgimento do corfebol de praia (beach korfball), modalidade que começou a ser praticada na Praia da
Barra da Tijuca (RJ), em 2009, por meio do Centro Educacional Santa Mônica.
· A
estruturação organizacional do corfebol em níveis hierárquicos de administração
e política estabelecendo uma cadeia de interdependência de ações,
responsabilidades e seriedade na condução e no controle do esporte na segunda
década do século.
· O surgimento
das primeiras entidades de direção esportiva estadual, com as Federações de
Corfebol do Estado do Rio de Janeiro (FCERJ), em 18 de dezembro de 2012, e do
Estado de São Paulo (FCESP), em 12 de junho de 2013.
· O
crescimento da oferta de competições regulares, o estímulo à implantação de
categorias de base, seleção de atletas e a formação de representações estaduais
e nacionais.
· O crescimento
do corfebol de praia com competições regulares, como o 1º Torneio
Internacional de Corfebol de Praia, realizado pela FCERJ em 19 de outubro de
2013, no Posto 2, em Copacabana. Participaram do evento as equipes de Brasil,
Bélgica e Holanda.
· O reconhecimento,
pela IKF, dos professores Daniel Rivillini, Thadeu Ferreira e Luciana Bortoleto
como orientadores do corfebol.
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Figura 5. Fonte: https://www.facebook.com/photo/?fbid=3443378729056231&set=pcb.3443378919056212&locale=pt_BR
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A chegada da segunda década deste
século foi marcada por uma ruptura no desenvolvimento do corfebol na formação
educacional e sociocultural, em âmbito nacional e mundial.
Duas correntes ideológicas
passavam a promover a orientação da metodologia de ensino do corfebol na
formação educacional e social no país. Uma delas, disseminada pelo professor
Marcelo e grupos de seguidores de São Paulo e Rio de Janeiro, trazia uma
proposta inovadora apoiada em iniciativas, ideias, criatividade e experiências do
professor vividas no cotidiano das aulas do esporte no período entre 1998 e 2012.
A outra era implementada pela IKF e a Federação Portuguesa de Corfebol.
O corfebol como formação
educacional e social consolidava uma nova configuração de forças, sustentada
sobre elementos como:
· a criação
da Associação Brasileira de Korfebol (Abrako), em 30 de junho de 2013, entidade
esportiva nacional presidida por Marcelo e apoiada por professores de educação física,
amigos, empresas e simpatizantes das regras modificadas do corfebol mundial;
· a
orientação metodológica no ensino do korfebol pela Abrako, desenvolvida pelo
professor Marcelo e seus colaboradores, apoiada na essência e na tradição do
criador do esporte – o professor Nico Broekhysen – configurando um marco
divisor no esporte no Brasil e no mundo.
No que se refere à orientação
metodológica do ensino do corfebol no Brasil, as visões opostas da IKF e da
Abrako apoiam-se:
Quanto ao Corfebol/Korfebol da
IKF:
· na
competição de desempenho/rendimento;
· no
contato físico moderado nas disputas do jogo;
· no
espírito de competição exacerbado;
· na
necessidade de formação regular de atletas;
· na oferta
e na participação em competições em todos os níveis hierárquicos no país e no
exterior;
· na
formação de equipes nas categorias de base e adulta por idade e sexo;
· na
mudança de regras do esporte para atender a interesses diversos, como maior
dinâmica de jogo e transmissões pela mídia;
· em o corfebol
se tornar um esporte olímpico.
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Figura 6. Fonte: https://www.facebook.com/federacaodecorfeboldoestadodoriodejaneiro/?locale=pt_BR |
Quanto ao Korfebol, com K, da
Abrako:
· em
alcançar uma prática inclusiva, de integração social, igualdade de gênero,
cooperação, incentivo à participação de todos (juntos ou em grupos específicos)
e em promover mudança de hábitos, comportamentos e atitudes em favor do
desenvolvimento humano e sociocultural;
· na inexistência
de qualquer contato físico direto no jogo;
· na
ausência de quaisquer tipos de restrição quanto a sexo, idade, peso, habilidade
e deficiência;
· na ausência
de se preocupar com a formação de atletas;
· a competição
não é o principal objetivo, que busque resultados expressivos, vitória e pódio;
· na falta
da exigência de o esporte se tornar olímpico.
O corfebol em crescimento como
competição pela IKF gerava a necessidade da formar atletas nas categorias de
base e adulta, além de selecionar aqueles para representar o Brasil em eventos no
país e no exterior. Tudo isso demandava organização dos eventos por aqui e regularidade
das participações lá fora.
As primeiras representações brasileiras
de base foram criadas com vista aos campeonatos mundiais da IKF. Para isso, muito
contribuíram os clubes e as associações como locais para a formação de atletas e
os intercâmbios esportivos (campings) como meio de adquirir maturidade
competitiva.
Uma das primeiras competições internacionais
de que o Brasil participou foi o 1º Torneio Pan-Americano de Corfebol,
organizado em Americana entre 31 de janeiro e 2 de fevereiro de 2014. A vitória
sobre a Colômbia credenciava o país para participar pela primeira vez de um
Campeonato Mundial de Corfebol, em 2015. A nona edição do evento, realizada na
Bélgica, contou com a categoria brasileira adulta. Em abril de 2014, foi a vez
do corfebol brasileiro sub-19 estrear no Mundial, em Leewarden (Holanda).
O corfebol da IKF se fortalecia
com a implantação de novas iniciativas, como:
· o
crescimento do esporte da IKF na formação educacional e social, sob a
orientação metodológica da competição e incluindo projetos sociais;
· a maior
oferta de eventos internacionais;
· a regularidade
da participação do Brasil em eventos internacionais, como competições
sul-americanas, pan-americanas e mundiais no país e no exterior;
· o alcance
de resultados expressivos como o bicampeonato sul-americano em 2016.
O corfebol da IKF espalhava-se por
clubes, ruas, praias, salas de aula e quadras pelo país.
Figura 7. Fonte: https://www.google.com/search?q=korfebol+em+Sana+fotos&oq=korfebol+em+Sana++fotos&gs
O korfebol da Abrako em crescimento na formação
educacional e social, apresentava iniciativas, como:
Uma maior visibilidade e divulgação na
sociedade brasileira na mídia eletrônica tradicional e nas redes sociais
(sites, blogs, lives e vídeos).
Uma maior oferta de
palestras, encontros, oficinas e cursos em escolas, universidades, empresas,
comunidades, presídios, ruas, praias, organizações não governamentais como o
Sesc e projetos sociais.
O Novo Korfebol Brasileiro,
surgia em 2014 apoiado sobre valores, tradições,
criatividade, inovação, sustentabilidade, dentre os quais despontavam elementos
como:
· o jogo
adaptado a grupos pela flexibilização de regras;
· o jogo
adaptado e aplicado em sala de aula, quadra ou outros espaços, estreitando a
relação com disciplinas teóricas, como matemática, física, história e geografia
– uma relação facilitadora de aprendizagens específicas, de conceitos teóricos
de outras disciplinas, que utiliza regras, técnicas e o jogo em si para relacioná-los
a elementos como ângulos, dimensões, distâncias, medidas, velocidade,
pontuações, análises de dados, fatos históricos e esportivos, locais e grupos
de origem;
· o jogo
adaptado mediante o improviso de equipamentos (fabricados artesanalmente ou
não) e de espaços como o ambiente da sala de aula, onde se podem posicionar uma
cadeira de cada lado e um aluno em pé (na função de cesta) para segurar a bola,
por exemplo;
· a prática
do jogo, as regras e as técnicas adaptadas a grupos específicos, como famílias
e pessoas com necessidades especiais e, especialmente, nas atividades
empresariais, aliando capacidades, habilidades e atitudes do esporte às
características exigidas pelo setor de negócios como: espírito de equipe,
comprometimento, motivação, desempenho, cooperação e lealdade;
· o jogo
adaptado às comemorações de datas festivas nas escolas, com o congraçamento dos
praticantes, oferecendo-se um korfebol nas modalidades: gigante (todos juntos),
sentado ou com bola grande;
· a oferta
de palestras e vivências do novo korfebol brasileiro, construindo relações
duradouras ao promover qualidade de vida, saúde, estilo de vida ativo e lazer,
além de espírito de equipe, cooperação e relações interpessoais;
· a
participação de todos dedicados e empenhados como responsáveis pela organização
das atividades diárias em grupos mistos e misturados (exclusivos), deslocando
equipamentos para serem utilizados e posteriormente guardados ao final da aula,
construindo relações de igualdade e descontruindo preconceitos e esportivização
excessiva;
· conversas
sobre o korfebol antes, durante a ao final da aula como veículo promotor de
mudança de hábitos e comportamentos, favorecendo a aquisição de valores,
princípios e atitudes, entre eles, espírito de equipe, respeito mútuo, atitude
proativa, cooperação, dedicação, disciplina e autocontrole;
· o korfebol
jogado de diferentes formas, por exemplo, entre cadeirantes e andantes juntos,
ou praticado à semelhança do voleibol, sentando-se com todos misturados, sem
rede, passando a bola ou bolas diferentes até seu lançamento a uma cesta baixa,
com dimensões de espaço menores e regras previamente estabelecidas.
Enfim, o corfebol/korfebol se
encontra em crescimento virtuoso no país!
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Figura 8. Fonte: https://www.facebook.com/photo/?fbid=2590872307814617&set=pb.100070993239958.-2207520000
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Como o
jogo acontece?
O corfebol é um jogo praticado
por equipes mistas, constituídas de forma equitativa. Elas são integradas por
oito jogadores: quatro homens e quatro mulheres.
O objetivo principal do jogo é introduzir a bola na
cesta da equipe adversária, situada em postes a 3,5o metros de altura do solo.
No jogo, a bola somente pode ser passada com as mãos;
não há quiques no chão e nem passos, ou mesmo dribles, com a bola na mão. Os
jogadores somente podem ser marcados por oponentes do mesmo sexo.
A quadra de jogo mede 40 metros por 20 metros, sendo
dividida ao meio por uma linha central. No lado de cada quadra, há um cesto
colocado a 6,67 metros da linha de fundo. Uma marca de penalidade situa-se a
2,50 metros de cada cesto.
Em cada uma das zonas, são colocados dois jogadores e
duas jogadoras de cada equipe, chamados quadrados.
Em uma zona, haverá um quadrado atacante e na outra, um defensivo.
O tempo real de jogo é de 50 minutos, divididos em
dois tempos de 25 minutos. Além disso, há um intervalo de 10 minutos.
A linha central é utilizada como ponto de partida no
início do jogo ou quando a bola é encestada. Quando a pontuação for par,
trocam-se as zonas de jogo, com os defensores
virando atacantes e vice-versa.
No início do segundo tempo, mantêm-se os quadrados
atacantes de ambas as equipes, mas eles trocam de meio-campo. A defesa deve ser
individual.
A cada cesta soma-se um ponto.
Vence a partida a equipe que obtiver a maior
pontuação no jogo.
Não é permitido no corfebol!
· a marcação dois contra um e a marcação entre sexos opostos;
· tirar a bola da mão do adversário;
· tocar no adversário a fim de obter a posse da bola;
· andar com
a bola;
Algumas regras básicas do corfebol!
· ao
receber a bola o jogador deve parar e passá-la para o companheiro da equipe;
· a cada duas cestas, os jogadores trocam de função: defensores viram
atacantes e vice-versa;
· quando o somatório dos pontos das duas
equipas é par (p.e. 1-1; 3-1; 2-2), as equipas mudam de zona. Isto significa
que, sempre que se marcam dois pontos, quem estava defendendo passa a atacar e vice-versa;
· a cesta mede de 39 a 41 centímetros de
diâmetro, podendo ser de vime ou material sintético. A bola oficial pesa entre
445 e 475 gramas e tem de 68 a 70,5 centímetros de circunferência.
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Figura 9. Fonte: https://www.facebook.com/photo?fbid=2603146893253825&set=pcb.2603146929920488
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Vamos contar algo mais pra você!
O corfebol é dirigido e
organizado pela Federação Brasileira de Corfebol (FBCo).
O corfebol é dirigido
mundialmente pela Federação Internacional de Korfball (IKF).
A Associação de Korfebol
Brasileiro (Abrako) adota o corfebol com “K” e uma linha educacional e social com
metodologia de ensino diferenciada da prática do esporte da IKF, da qual é
totalmente independente.
A regra atual da IKF proíbe a
violência e/ou do contacto físico entre adversários (direta ou indiretamente)
por ação sobre a bola de jogo. Contudo, salienta que, embora o contato entre os jogadores
ocorra no corfebol, ele é controlado – os jogadores podem não obter vantagem ao
entrar em contato com seus oponentes.
Os jogadores no corfebol
executam múltiplas tarefas – defender, atacar, arremessar à cesta e apoiar os
companheiros de equipe em deslocamento sem a bola a fim de recebê-la – criando
novas opções estratégicas no jogo.
Os equipamentos (cestas,
bola, postes e marcações do espaço) podem ser adaptados, assim como os locais
de jogo. O que vale é a criatividade do professor e dos alunos.
Não é permitido lançar ao cesto
quando se está coberto (defendido ou marcado). Isso significa que não se pode ter
um adversário do mesmo sexo, à distância de um braço entre si e o cesto,
manifestando intenção de impedir o lançamento (de braço levantado).
No corfebol, o atleta
poderá efetuar arremessos por trás da cesta.
O corfebol participou dos World Games de 2022, em Birmingham (EUA).
Nos dois últimos Pan-Americanos de Corfebol, realizados em 2018 e 2022,
a seleção brasileira garantiu a classificação para participar dos campeonatos
mundiais. Em 2019, na África do Sul, declinou sua presença por falta de
recursos financeiros. Em 2023, em Taipei (China), o Brasil conseguiu ir ao
evento.
Em 2019, a equipe sub-19 de corfebol do Colégio Municipal de Sana, em
Casemiro de Abreu (RJ) participou do Torneio Internacional Hermandad sem
Fronteiras, obtendo a medalha de prata. A equipe é reconhecida mundialmente
pelas conquistas de títulos nacionais, estaduais e internacionais.
No corfebol/korfebol,
todos também se respeitam, aceitando as diferenças!
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Figura 10. Fonte: https://www.consed.org.br/noticia/modalidade-esportiva-corfebol-e-apresentada-a-professores-e-estudantes-da-rede-estadual
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Referências Bibliográficas
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praticado no resto do Mundo? Disponível em:
https://alternativosesportes.wordpress.com/2015/07/29/korfebol-brasileiro-e-diferente-do-korfebol-praticado-no-resto-do-mundo/Acesso
em 14 fev. 2024.
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