"Sorvebol: esse é do jeitim mineiro, uai sô!" (versão atualizada)
Tema: Esportes Derivados de Outros Esportes
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| Figura 1. Fonte: foto de Cláudio Mendes/Divulgação |
"Sorvebol: bola e cone na mão, um sorvete misto ou não!"
Por Fernando Garrido
Quando o esporte começou por aqui?
Um fato inusitado levou à criação do Sorvebol, uma das mais de 60 modalidades esportivas de origem brasileira. Foi o professor de educação física Cláudio Gomes Mendes, em Belo Horizonte (MG), quem criou o Sorvebol em 2003,
Segundo Cláudio (Poliesportivo, 2019), enquanto encerrava mais uma de suas aulas na Escola Estadual Agnelo Correia Viana, na capital mineira, um aluno o surpreendeu devolvendo a bola, em movimento de arremesso, e acabou acertando o cone invertido que o professor segurava. Surgia aí a ideia de um novo esporte brasileiro!
De imediato, Cláudio começou a testar a utilização de equipamentos e materiais no jogo – bolas menores e mais leves, cones etc. As regras e os regulamentos também foram sendo elaborados, testados e implantados.
O objetivo principal no sorvebol é lançar a bola por cima de uma rede para cair no campo adversário.
O esporte se assemelha ao voleibol tradicional, mas também possui muitas diferenças na forma de ser jogado. As mais importantes encontram-se nos fundamentos – o recebimento, o passe e o saque – e no tempo de posse da bola. O apoio da bola sobre a base do cone, seguro pela mão, é a essência do esporte.
Os primeiros passos do sorvebol começaram a ser dados nas aulas de educação física das escolas públicas de Belo Horizonte. O novo esporte era oferecido como formação educacional e social e na organização de torneios internos e regionais.
O primeiro torneio oficial de sorvebol – o BH Open de Sorvebol – foi organizado por Cláudio e envolveu 30 escolas na região norte da capital. O evento foi criado em 2006 e ocorre até hoje, contribuindo efetivamente para a formação educacional e social de crianças e adolescentes do estado de Minas Gerais.
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| Figura 2. Fonte: https://www.revistaencontro.com.br/canal/esporte/2019/12/conheca-o-sorvebol-esporte-criado-em-uma-escola-de-belo-horizonte.html(foto: Cláudio Mendes/Divulgação) |
Em 2007, Cláudio criava a Federação de Sorvebol do Estado de Minas Gerais (FSEMG) e a Confederação Brasileira de Sorvebol (CBS) para dirigir, organizar, regulamentar e supervisionar o desenvolvimento do esporte em âmbito estadual e nacional. O objetivo incluía também orientar os clubes praticantes, as competições, a oferta de iniciação esportiva, a capacitação de recursos humanos, a formação e o registro de atletas etc.
A importância do esporte nas escolas municipais da capital mineira levou o sorvebol a ingressar no rol de atividades oferecidas nos programas Segundo Tempo e Escola Integrada e nas próprias aulas de educação física, nos horários de contraturno.
As escolas municipais Maria Silveira, José Maria dos Mares Guia, Herbert José de Souza e Hilda Rabello Matta promoveram em agosto de 2010 o primeiro Campeonato Regional de Sorvebol da Região Norte.
A grande aceitação entre as crianças e os adolescentes contribuiu bastante para difundir o esporte. Mais torneios internos e regionais eram realizados, impulsionando a sua prática por todas as idades.
Um novo cenário para o desenvolvimento do sorvebol se consolidava com a iniciativa de Cláudio de criar a Federação Internacional de Sorvebol (FIS) em 2017.
A partir daquele ano, o esporte cresceu no estado de Minas Gerais com Circuito BH Open de Sorvebol. A Escola Municipal Prof. Daniel Alvarenga se tornava campeã por equipe.
Mais alunos e espectadores participavam, e as disputas das finais sendo realizadas no Ginásio do Mineirinho, em 2018.
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| Figura 3. Fonte: bdnesporte_sorvebol_nas_escolas_01 |
O esporte ampliava a sua presença em projetos sociais, em programas esportivos, na capacitação de professores e estudantes de educação física (em cursos presenciais e on-line), na orientação pedagógica, na arbitragem e na organização de competições.
Novas oportunidades de envolvimento abriam-se com a formação de ligas e a oferta de desafios esportivos.
Crescia a divulgação com a publicação de livro de regras e a parceria com empresa fabricante de bolas. Mais informação, conhecimento e materiais eram oferecidos, o que ajudava o esporte a se intensificar como lazer.
A visibilidade do sorvebol na mídia aumentava com as redes sociais, a realização de eventos na praia e programas na televisão aberta. O esporte está presente também em projetos sociais apoiados pelo Ministério dos Esportes e para estudantes de áreas carentes de escolas públicas e privadas.
De Minas Gerais o esporte chegava à cidade de São Paulo e, em seguida, a Miami (EUA), jogado na areia dando os primeiros passos rumo à sua internacionalização.
Em São Paulo, o sorvebol integrava-se ao Programa Ruas da Gente, como uma das atividades oferecidas como lazer em 2019, e conquistava as escolas do estado.
No conjunto de ações e iniciativas envolvendo o desenvolvimento do sorvebol, destaca-se o seu reconhecimento como esporte pela Comissão Nacional de Esporte da Câmara dos Deputados.
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| Figura 4. Fonte: (IENT - Sorvebol é aplicado na Educação Física) |
Por fim, cabe-nos ressaltar, por meio das palavras do próprio professor, a importância do esporte em favor das crianças e jovens: “o esporte trabalha o desenvolvimento físico e mental o que ajuda os alunos a ficarem mais atentos”[...] “o esporte transforma os praticantes em ambidestros” (Blog Região Norte, 31 ago 2010).
Como o jogo acontece?
O sorvebol é disputado em uma quadra semelhante à de vôlei, de forma individual, em duplas ou em quartetos. As formações podem ser mistas e compostas por portadores de necessidades especiais e pessoas de qualquer idade.
O campo mede 14 m x 6 m, no máximo, e 12 m x 6 m, no mínimo. São utilizados: uma rede semelhante à do vôlei, uma bola com 54 centímetros de circunferência e um cone medindo entre 20 e 25 centímetros de altura.
O jogo consiste em lançar a bola (apoiada sobre a base do cone) por cima da rede, de modo que a equipe adversária não consiga capturá-la. Dessa forma, a bola cai no chão, marcando-se o ponto. O praticante pode passar a bola a um companheiro para que ele a arremesse ou fazê-lo diretamente.
O tempo de posse de bola de cada jogador é de três segundos, no máximo. Depois desse tempo, é configurada a falta e marcado o ponto para o adversário.
O jogador não pode tocar a bola com as mãos ou qualquer parte do corpo.
O saque é feito lançando-se a bola (na base do cone) por sobre a rede para o lado do campo do oponente.
As equipes podem tocar na bola até três vezes antes de enviá-la para o campo do adversário.
Uma disputa de pontos transcorre até que a bola toque o solo, caia fora do campo ou não seja devolvida corretamente para o campo do oponente, cometendo-se uma infração.
O jogador pode estar posicionado em qualquer setor da quadra, incluindo a linha de 1 metro.
Caso se encontre dentro deste espaço, ele não pode devolver a bola direto por cima da rede, somente deve recebê-la e passar a bola a um companheiro.
O jogo é dividido em dois sets, com no máximo 21 pontos.
O campo mede 14 m x 6 m, no máximo, e 12 m x 6 m, no mínimo. São utilizados: uma rede semelhante à do vôlei, uma bola com 54 centímetros de circunferência e um cone medindo entre 20 e 25 centímetros de altura.
O jogo consiste em lançar a bola (apoiada sobre a base do cone) por cima da rede, de modo que a equipe adversária não consiga capturá-la. Dessa forma, a bola cai no chão, marcando-se o ponto. O praticante pode passar a bola a um companheiro para que ele a arremesse ou fazê-lo diretamente.
O tempo de posse de bola de cada jogador é de três segundos, no máximo. Depois desse tempo, é configurada a falta e marcado o ponto para o adversário.
O jogador não pode tocar a bola com as mãos ou qualquer parte do corpo.
O saque é feito lançando-se a bola (na base do cone) por sobre a rede para o lado do campo do oponente.
As equipes podem tocar na bola até três vezes antes de enviá-la para o campo do adversário.
Uma disputa de pontos transcorre até que a bola toque o solo, caia fora do campo ou não seja devolvida corretamente para o campo do oponente, cometendo-se uma infração.
O jogador pode estar posicionado em qualquer setor da quadra, incluindo a linha de 1 metro.
Caso se encontre dentro deste espaço, ele não pode devolver a bola direto por cima da rede, somente deve recebê-la e passar a bola a um companheiro.
O jogo é dividido em dois sets, com no máximo 21 pontos.
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| Figura 5. Fonte: https://federacao-internacional-de-sorvebol.ueniweb.com/services/oferecemos/curso-ead-de-sorvebol-26587304 |
Vamos contar algo mais pra você!
A Confederação Brasileira de Sorvebol (CBS) é a entidade máxima do esporte no país.
A Federação Internacional de Sorvebol (FIS) a entidade máxima do esporte no mundo foi criada por aqui. Ela é responsável pela direção e organização de eventos esportivos internacionais.
O sorvebol, reportando-nos a Tubino et al. (2007), é um esporte que pertence a corrente esportiva: esportes derivados de outros esportes.
Uma das características marcantes do sorvebol é que as disputas podem ocorrer em espaços adaptados para o jogo.
O sorvebol é jogado na areia da praia e recebe o nome de beach sorvebol.
O sorvebol é mais um dos esportes de origem brasileira misto.
Entre as características que o diferenciam de outros esportes, despontam a formação de equipes mistas e o seu caráter coletivo, uma das novas tendências esportiva em ascensão na sociedade mundial.
Essa tendência, também se consolida no cenário brasileiro, pode ser observada em diversos outros esportes praticados por equipes integradas por ambos os sexos.
A Federação Internacional de Sorvebol (FIS) a entidade máxima do esporte no mundo foi criada por aqui. Ela é responsável pela direção e organização de eventos esportivos internacionais.
O sorvebol, reportando-nos a Tubino et al. (2007), é um esporte que pertence a corrente esportiva: esportes derivados de outros esportes.
Uma das características marcantes do sorvebol é que as disputas podem ocorrer em espaços adaptados para o jogo.
O sorvebol é jogado na areia da praia e recebe o nome de beach sorvebol.
O sorvebol é mais um dos esportes de origem brasileira misto.
Entre as características que o diferenciam de outros esportes, despontam a formação de equipes mistas e o seu caráter coletivo, uma das novas tendências esportiva em ascensão na sociedade mundial.
Essa tendência, também se consolida no cenário brasileiro, pode ser observada em diversos outros esportes praticados por equipes integradas por ambos os sexos.
Os benefícios do esporte!
O sorvebol traz diversos benefícios à saúde e à qualidade de vida, com a melhoria da condição muscular e cardiorrespiratória.
Trata-se de um esporte coletivo que desenvolve o trabalho em equipe e promove a cooperação, a relação interpessoal, o espírito de coesão social (grupo), a busca por objetivos comuns e a divisão de responsabilidades. Além disso, fortalece a confiança e melhora a comunicação, a capacidade de iniciativa e a resolução de problemas, entre outros aspectos.
Um conjunto de qualidades físicas pode ser observado nos esportes coletivos, em especial no sorvebol. Entre elas, estão: velocidade; força; coordenação; agilidade; ritmo; resistência muscular localizada, aeróbica e anaeróbica; flexibilidade e descontração.
Onde praticar o sorvebol!
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Nosso Recado a Você!
O esporte pode ser encontrado na formação educacional, nas aulas de educação física (como iniciação esportiva), em projetos e programas de responsabilidade social, em treinamentos regulares com fins de competição e na formação profissional.
O jogo também se desenvolve como lazer e competição em clubes, escolas, centros de lazer, associações comunitárias, praças e parques, além de praias, principalmente no estado de Minas Gerais e São Paulo.
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Referências Bibliográficas
BDN ESPORTES. Origem do Sorvebol. Disponível em: http://bdnesportes.com/origem-do-sorvebol/Acesso em: 5 abr. 2020.
Blog da Região Norte. Escolas Municipais promovem 1° campeonato regional de sorvebol. Disponível em: http://blogdanorte.blogspot.com/2010/08/. Acesso em: 13 abr 2020.
CAÇADORES DE BONS EXEMPLOS. PROJETO. Disponível em: https://www.cacadoresdebonsexemplos.com.br/detalhes-projeto/2024/Sorvebol+. Acesso em: 8 abr. 2020.
CEGB. Sorvebol. Disponível em: https://cegb.org.br/sorvebol/. Acesso em: 5 abr. 2020.
DOARE. BH Open de Sorvebol 2017. Disponível em: pp.doare.org/br/doacao/61212/federacao-mineira-de-sorvebol/bh-open-de-sorvebol-2017. Acesso em: 6 abr. 2020.
IMELC. Rua da Gente. Disponível em: https://www.imelc.com.br/sorvebol-novo-esporte-tem-conquistado-adeptos-no-brasil-e-no-mundo/. Acesso em: 6 abr. 2020.
______. Sorvebol: novo esporte tem conquistado adeptos no Brasil e no mundo. Disponível em: https://www.imelc.com.br/sorvebol-novo-esporte-tem-conquistado-adeptos-no-brasil-e-no-mundo-2/. Acesso em: 5 abr. 2020.
MARQUES, G. Conheça o sorvebol, esporte criado em uma escola de Belo Horizonte. Disponível em: https://www.revistaencontro.com.br/canal/esporte/2019/12/conheca-o-sorvebol-esporte-criado-em-uma-escola-de-belo-horizonte.html. Acesso em: 5 abr. 2020.
POLIESPORTIVO. Sorvebol: novo esporte tem conquistado adeptos no Brasil e no mundo. Disponível em: https://www.poliesportivo.com.br/post/sorvebol-novo-esporte-tem-conquistado-adeptos-no-brasil-e-no-mundo. Acesso em: 6 abr. 2020.
TUBINO, M. J. G.; GARRIDO, F. A. C.; TUBINO, F. M. Dicionário enciclopédico Tubino do esporte. São Paulo: Senac, 2007.
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