Remo Indoor/Indoor Rowing/Air Rower/Remo Seco: um esporte multitarefas! (versão atualizada)
Tema: "Esportes Derivados de Outros Esportes!"
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| Figura 1. Fonte: https://www.remobrasil.com/noticias/remo-internacional/1806-participe-da-edicao-virtual-do-mundial-de-remo-master-2020//Crédito da Imagem: FISA/Igor Meijer |
"Remo Indoor/Indoor Rowing/Air Rower/Remo Seco: força, resistência, velocidade e ritmo!"
Fernando Garrido Alexandre de Carvalho Rosa
Quando o esporte apareceu por aqui?
O remo indoor, ou remo seco, surgiu do
ergômetro, um simulador de treinos de remo fora d’água, movido pela resistência
do ar, que migrou para as disputas esportivas.
De forma progressiva, as inovações tecnológicas
incorporaram-se ao ergômetro e promoveram as condições necessárias para ampliar
a sua utilização como esporte.
Inicialmente introduzidas no simulador Concept2
Indoor Rowing pelos irmãos Peter e Dick Dreissigacker, as mudanças evoluíram a
cada geração, a partir das décadas de 1980 e 1990. Hoje, podem-se encontrar
simuladores com diferentes tipos de tecnologia, como a magnética (a mais
avançada), a hidráulica e a de ar.
Também são múltiplas as aplicações adquiridas como
o passar do tempo. O equipamento está presente no aquecimento dos atletas (etapa
antecedente à atividade físico-esportiva propriamente dita); no ensino e
aperfeiçoamento da técnica de remar (também com o uso de vídeos); na avaliação da
melhoria dos desempenhos físico e técnico pelos treinadores; na elaboração de
pesquisas e estudos científicos; na seleção de atletas e em treinamentos
regulares para competições internacionais entre clubes e
universidades em épocas de inverno rigoroso e dias chuvosos.
Uma conjugação de fatores contribuiu para a
difusão do remo ergômetro, tornando-o um poderoso instrumento de competições
esportivas na passagem para este século.
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| Figura 2. Fonte: https://www.facebook.com/remoseco/photos/a.836285846423646/2071907676194784/ |
Embora não se saiba exatamente quando esses
equipamentos foram incorporados por academias, clubes de remo e boxes de
crossfit, ocorreram situações análogas às observadas com as bicicletas
ergométricas, esteiras e spinnings. Os novos equipamentos impulsionaram a
oferta de tipos diferenciados de aula, promoveram o cumprimento de tarefas
diárias e semanais e criaram desafios, o que chamou a atenção da mídia, da
iniciativa privada e do marketing, principalmente em função das disputas de
caráter esportivo.
A introdução de um trilho na base do ergômetro
permitia ao banco deslizar à maneira do remo na água. Essa inovação
tecnológica, em especial, possibilitou a realização de remadas conjuntas e
favoreceu a realização de desafios de caráter esportivo.
O aperfeiçoamento dos monitores eletrônicos e a
possibilidade de utilizar aplicativos no remo indoor ofereciam recursos
variados e funções adicionais à tela do computador a cada geração do
equipamento, permitindo acompanhar a evolução da performance e diversas
variáveis.
A utilização de aplicativos no remo ergômetro
ampliou a oferta, por exemplo, do tipo de treino desejado e possibilitou a
promoção de desafios. Já era possível observar um conjunto de variáveis, como
velocidade; distância percorrida; intensidade do exercício; potência aeróbica; frequência
cardíaca; desempenhos máximo e cardiorrespiratório; fadiga e ângulo,
comprimento e quantidade das remadas. A análise de dados permitia acompanhar a evolução
e a condição física, além de estimular disputas competitivas no cumprimento das
tarefas.
A criação de novas indústrias de produção de remo
ergômetro aumentava a oferta do equipamento no mercado e, em tese,
barateava o preço do produto.
Estreitava-se a relação entre o ergômetro e os
torneios e competições de crossfit, onde o equipamento ganhava mais
visibilidade como uma das estações nos circuitos programados. Isso é observado
em todos os eventos organizados e, em especial, nos CrossFit Games,
criados em âmbito internacional em 2007.
Sem passar despercebida, essa utilização do ergômetro estendia-se aos eventos de Functional Fitness e Triathlon Indoor e à aplicação de metodologias de treinamento esportivo como o interval training e o circuit training.
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| Figura 3. Fonte: https://www.facebook.com/remoseco/photos/a.836285846423646/1803674766351411 |
A quantidade e a variedade expressiva de
informações divulgadas regularmente nas redes sociais, nos canais fechados e
exclusivos, na internet e na mídia tradicional impulsionavam o esporte como
competição de rendimento.
A importância do remo indoor ao trabalhar o
fortalecimento de grandes grupos musculares e do core além de eliminar riscos
de lesão expandia a sua utilização entre atletas de diferentes esportes.
Potencializada, essa relação conquistava cada vez
mais apreciadores e atletas, além de estimular o interesse pelas notícias
cotidianas sobre o esporte e impulsionar sua prática na sociedade brasileira.
Em resumo, todo esse conjunto de fatores
oferecia mais divulgação e visibilidade ao remo indoor como
competição-rendimento.
O crescimento do esporte como
competição-rendimento exigia a organização, a promoção e o apoio às competições. A
Confederação Brasileira de Remo (CBR), as entidades estaduais filiadas, as
parcerias com empresas privadas e a consequente elaboração de um calendário de
eventos possibilitaram não só essas mas diversas outras ações.
O esporte, agora organizado, não só chamava a
atenção das empresas, mas demandava treinamento regular e o acompanhamento de
atletas para as competições nacionais e as internacionais, que também passavam
a ser realizadas dentro do país.
A consequência natural disso foi a organização dos
primeiros eventos oficiais do esporte. O precursor foi o Campeonato Carioca
Aberto de Remo Indoor, realizado em dezembro de 2007 no Barra Garden Shopping
(RJ). O evento contou com a promoção da Concept Brasil e o apoio da Federação
de Remo do Estado do Rio de Janeiro Remo (Frerj).
Um dos grandes momentos de repercussão nacional
foi a organização do 1º Campeonato Brasileiro de Remo Indoor,
no Estádio de Remo da Lagoa Rodrigo de Freitas (RJ), em 2010.
Outro grande evento, de repercussão internacional,
foi o Arnold Classic Brasil, que ocorreu em 2015 no Riocentro (RJ). De caráter
multiesportivo e estreita relação com áreas afins (como nutrição e fitness), o
evento proporcionou uma boa oportunidade para o remo indoor aparecer como
competição-rendimento.
As parcerias com a iniciativa privada também
favoreceram a criação de competições exclusivamente direcionadas para
academias, clubes de remo e boxes de crossfit em todo o Brasil e na América
do Sul.
Um bom exemplo é a Row To Win (Circuito
Internacional de Remo Indoor), que foi realizada pela primeira vez em 2017 pelo
empresário Maurício Boabaid, de Santa Catarina, com disputas programadas para
ocorrer em etapas nacionais e sul-americanas.
Com o reconhecimento do Circuito
pela Confederação Sul-Americana de Remo (órgão oficial do remo na América
do Sul) e o apoio da Confederação Brasileira de Remo (CBR), fortaleceram-se
parcerias que ampliaram a abrangência do evento.
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| Figura 4. Fonte: 2013-01_cabrari-rio-01 (1) |
As provas são realizadas em arenas selecionadas e divididas
por categorias de faixa etária (infantil, júnior, paralímpica, máster, crossfit
e revezamento) e sexo (masculina, feminina e mista).
Os equipamentos são interligados em rede, e a
competição é projetada em telão para que a assistência possa acompanhar, em
tempo real, o desempenho dos remadores.
A difusão do remo indoor, incontestável em âmbito
mundial como competição-rendimento, logo levou a Federação Internacional de
Remo (Fisa) a realizar o 1º Campeonato Mundial. O evento foi organizado
em conjunto com a empresa Concept2, em fevereiro de 2018, em Alexandria
(EUA).
Com a pandemia do novo coronavírus,
contudo, as competições nacionais, continentais e mundiais migraram para o
mundo virtual, configurando um novo cenário esportivo que resultou, por
exemplo, no 1º Campeonato Sul-Americano de Remo Indoor Virtual, em 2020.
Nesse sentido, a CBR criou um evento denominado
Desafios Brasil de Remo Indoor, disputados em cinco etapas em maio e em outras
cinco nos meses de agosto e setembro de 2020.
As disputas esportivas virtuais foram escolhidas
para ocorrer nas principais raias de remo do mundo e envolveram categorias de
peso, faixa etária e sexo.
Na verdade, os e-Sports e as disputas virtuais no
esporte em geral constituem um cenário que vem se consolidando desde o início
deste século. Os novos acontecimentos acabaram intensificando de vez os
treinamentos e as competições, e esse viés veio para ficar!
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| Figura 5. Fonte: https://www.facebook.com/remoseco/photos/a.836285846423646/1767384976647057/ |
E duas mensagens podemos colher sobre isso. Uma é
a certeza de que a tecnologia virtual cria um conjunto de parcerias que abre
mais caminhos para a relação esporte-iniciativa privada em âmbito nacional e
mundial. Outra é a incerteza de saber se esse viés irá contribuir para
estimular o efetivo engajamento de novos praticantes no remo indoor.
Como é o esporte?
O remo indoor é um esporte de remada fora d’água
onde o praticante deve observar aspectos relevantes de execução nas fases da
remada.
O remo indoor é um esporte da corrente
“esportes derivados de outros esportes” (TUBINO et al., 2007).
Na posição básica
Sentar-se
no aparelho e prender os pés nas cintas, fixando-as na altura dos peitos dos
pés e mantendo as solas dos pés na base do equipamento;
Ajustar
as pernas dobradas com os joelhos perpendicularmente alinhados à base do
equipamento, com o assento do banco em deslize para frente, observando-se a
pegada da manopla com pleno conforto;
Ajustar
a intensidade da remada na alavanca externa conectada à roda, conforme as
indicações do exercício a ser efetuado;
Pegar
a manopla para iniciar o movimento de remada.
Na
fase de puxada do remo (remada)
Pegar
a manopla com as pernas dobradas e costas retas. Depois, puxe a manopla com o
cabo esticado e as pernas estendidas e flexione os braços;
Levar
os braços flexionados com os cotovelos para trás, alinhados ao lado do tronco,
que deve estar ligeiramente inclinado para trás;
Posicionar
e puxar a manopla na altura do abdômen.
Na
fase de retorno do remo à base (recuperação)
Levar
a manopla de volta ao aparelho com o cabo e os braços estendidos.
A
seguir, inclinar o tronco para a frente até colocar a manopla na posição
inicial, flexionando
os braços e os joelhos com o deslize do assento para a frente.
Retomar
a posição de partida.
As disputas de competições!
As disputas do remo indoor podem ocorrer na forma
de corridas de contratempo, distância, potência máxima, revezamento,
equipes, corridas cegas e corridas de eliminação, além de meias-maratonas e
maratonas.
Elas podem ser realizadas individualmente, em
duplas, quartetos ou dez ou mais pessoas por equipe.
As provas de remo indoor podem variar quanto à distância
(entre 500 metros e 2 mil metros) e ao tipo de evento (de acordo com a faixa
etária, o peso e o sexo do participante). Por exemplo, em competições de alto
rendimento como os eventos mundiais, são realizadas provas de 2 mil metros em 6
minutos.
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| https://rowtowin.com.br/indoor/single-novidades-na-premiacao-do-row-to-win |
As disputas envolvem torneios e campeonatos em
âmbito local, regional, nacional e mundial organizados de acordo com regras e
regulamentos.
Nos exercícios elementares no aparelho, o conjunto
fita-manopla não deve sofrer folgas e ondulações em todo o movimento.
Vamos contar algo mais pra você!
A Confederação Brasileira de Remo (CBR) é a
entidade máxima do esporte no país.
A Federação Internacional de Remo (Fisa) é a entidade máxima do esporte no mundo.
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Referências Bibliográficas
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FLAMENGO. 1º
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https://www.flamengo.com.br/noticias/remo-e-canoagem/1o-campeonato-carioca-de-remo-indoor.
Acesso em: 4 abr. 2021
MELLO,
F. C. O remo foi introduzido como modalidade ... Disponível em:
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/39/39132/tde-27012009-085352/publico/Disertacao_Revisada.pdf.
Acesso em: 3 abr. 2021.
MENDES,
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em:
https://raiaolimpicaderemo.com.br/2020/08/25/o-remo-indoor-ou-remo-seco/Acesso
em: 2 abr. 2021.
PORTAL
FATOR BRASIL. Arnold Classic Brasil promove esportes e fitness no Rio
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em: https://www.revistafatorbrasil.com.br/imprimir.php?not=296145. Acesso
em: 18 abr. 2021.
REMO
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2021.
ROSA,
Alexandre de Carvalho. Comunicação pessoal. Rio de Janeiro, 2021.
ROW TO WIN. 1º
Campeonato Sul-Americano de Remo Indoor Virtual Row To Win. Disponível
em: http://www.rowtowin.com.br/#features. Acesso em: 6 abr. 2021.
TUBINO, M. J. G.; GARRIDO, F. A. C.; TUBINO, F. M. Dicionário enciclopédico Tubino do esporte. São Paulo: Senac, 2007.
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em: https://www.youtube.com/watch?v=vEr_4oI3jOY. Acesso em: 6 abr. 2021.
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