Windcar/Carrovelismo/Carro a Vela/Sailing Car: o vento leva você em aventura radical!
“Carro a Vela/Sailing Car: o vento,
vela, velocidade, areia e manobras radicais”
Por Fernando Garrido
Como é o esporte?
Os carros a vela usam a força dos ventos (eólica)
para se deslocarem pela areia.
São equipados com assentos de plástico, lona ou
couro, além de chassi tubular, três ou quatro rodas e haste de fixação para a
vela. As rodas podem ter suspensão de molas para diminuir o impacto do solo.
A direção do carro é determinada usando-se os pés
sobre os suportes que orientam as rodas.
O movimento da vela é controlado por hastes
manipuladas com as mãos.
O carro desloca-se com vento mínimo de 10 km/h, o
que lhe proporciona uma velocidade três vezes maior.
O esporte é praticado em terra batida ou praias
extensas e largas de areia dura e disputado sob diversas formas, entre elas,
raids, expedições e circuitos de velocidade.
Não há freios nas rodas, então como fazer o carro
parar? Uma manobra rápida é realizada jogando-se a retranca da vela para o lado
oposto, mantendo-se a sua corda esticada o máximo possível e deslocando as
rodas para o lado contrário.
Quando o esporte apareceu por aqui?
O carro a vela, carrovelismo ou
windcar começou no Brasil com Lodovico Brunetti, na Praia de Pitangueiras, no
Guarujá (SP), em 1936.
O esporte desenvolveu-se
efetivamente durante a década de 1990, quando foram criados os primeiros
clubes: a Associação Paulista de Carro a Vela (APCV), por Lodovico, e a
Associação Gaúcha de Windcar (Agaw), por Amyr Klink e Paul Gaiser.
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(Praia do Cassino/RS/Foto:Divulgação) |
A esses dois clubes se juntaram a Associação
Catarinense de Carro a Vela (ACW), formada por Henrique Borba, e um grupo de
pilotos que contribuíram definitivamente para a organização do esporte por
aqui.
Os primeiros praticantes do esporte foram Amyr
Klink e Paul Gaiser, vistos pilotando veículos do tipo Manta, de Torres ao
Chuí, na costa gaúcha, atraindo a atenção de futuros apreciadores.
Ainda nessa década, a ideia de organizar
o 1º Rali do Brasil, com participação de pilotos de São Paulo, Rio de Janeiro e
Rio Grande do Sul, incentivou a realização do 1º Campeonato Brasileiro, em
Capão da Canoa (RS).
Segundo Costa (2006, p. 127), o
primeiro Raid Ecológico de Windcar no Brasil teve percurso de 650 quilômetros,
entre a Praia de Torres e a cidade de Chuí. O evento contou a presença de 22
pilotos e durou sete dias.
A estreia do Brasil no exterior
ocorreu na Tour d’Europe, em 1996, e rendeu aos pilotos Roberto Nardi e Paulo
Moraes o terceiro lugar.
Um ano depois, em Porto Alegre (RS),
era fundada a Federação Brasileira de Carro a Vela, que criou condições para o
desenvolvimento do esporte no país.
Uma das primeiras participações internacionais dos
brasileiros foi no 6º Campeonato Mundial de Carro a Vela, realizado em De Panne
(Bélgica), em 1998, ocasião em que o país obteve o quarto lugar.
Em 2000, no 7º Red Bull Campeonato
Mundial de Carro a Vela, em Terschelling (Holanda), os pilotos Fábio Trein,
Jorge Berchte e Carlos Simões ficaram em terceiro lugar na categoria standard.
Segundo Costa (2006, p. 127), em
2001, o piloto brasileiro Paulo Morais participou do Campeonato Sul-Americano
em Rada Tilly, Patagônia (Argentina), conquistando o campeonato. Por essa
época, realizou-se, em Arroio do Sal (RS), o 1º Enduro por Equipes de Carro a
Vela.
Em 2003, a participação de pilotos brasileiros no 8º Campeonato Austral
de Carrovelismo, realizado na praia de Rada Tilly-Argentina, repercutia chamando a atenção da mídia brasileira.
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(Foto:Divulgação) |
O ano seguinte assistiu a uma das maiores aventuras do windcar
brasileiro ao redor do mundo, quando Carlos Simões participou da
Transat des Sables, no Deserto do Saara (Marrocos).
A presença do Brasil em competições internacionais
de carro a vela cresceu neste século, culminando na difusão do esporte pelo
país. Os pilotos participaram sucessivamente em 2006, 2008, 2010 e 2012, em
disputas alternadas em cidades da Bélgica e da França, países de grande
expressão no esporte mundial.
Destacam-se, entre os grandes nomes do carro a
vela brasileiro no exterior, os pilotos Jorge Bercht, Rude Wiesbauer, Carlos
Simões, Paulo Gollner, Paulo Albernaz e Pedro Rodrigues.
A visibilidade do esporte tem sido
garantida pela predominância das disputas de raids e expedições. Esses eventos
foram os mais realizados durante os anos e chegaram a alcançar distâncias
superiores a 500 quilômetros, como os que ocorreram no final de 2013, 2017 e
2018.
Os eventos duram horas, e até alguns dias, com
paradas de descanso programadas e a retomada do percurso na manhã seguinte. Um
bom exemplo foi a expedição realizada em 2018, entre Curitiba (PR) e o Chuí, pela
praia do Cassino.
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(Foto:Divulgação) |
O esporte como atividade de lazer tem ganhado
apreciadores e se relacionado com outras áreas, formando parcerias e criando oportunidades
de negócios e de destaque na mídia eletrônica.
Os
benefícios do esporte!
Segundo Tubino et al. (2007), o carro a vela é uma das modalidades da corrente esportes radicais, de aventura e natureza.
Ele se desenvolve como competição e, principalmente,
como lazer no Brasil.
Esses tipos de esportes têm conquistado uma grande
quantidade de apreciadores e praticantes. Na essência, proporcionam um estilo
de vida ativo junto à natureza e uma total despreocupação com resultados
competitivos.
Eles produzem a liberação de adrenalina no corpo, deixando
você excitado e alerta. Consequentemente, favorecem a produção de endorfinas
pelo cérebro, o que estimula o bem-estar físico, mental e emocional. As
endorfinas ajudam a gerar prazer e melhorar o humor, diminuindo os níveis de
estresse, depressão e ansiedade.
Além disso, os esportes atuam no aumento da
resistência física e cardiorrespiratória e na melhoria de aspectos como
equilíbrio, agilidade, coordenação, ritmo e flexibilidade.
Nas empresas, os benefícios repercutem
nas atividades profissionais. Melhoram a produtividade, o lucro, o comprometimento
das equipes, a criatividade, a concentração, as tomadas de decisão, as relações
interpessoais e o atendimento a clientes.
Os esportes da natureza são praticados tanto ao ar
livre (outdoor) quanto em ambientes
fechados (indoor). Envolvem a
superação de limites diante de obstáculos impostos pela natureza e a si próprio,
frente a incertezas e medos.
Para garantir a segurança dos praticantes, é
imprescindível a assistência de guias e instrutores credenciados e o emprego de
todo o material e equipamento de controle de riscos de acidentes.
Esses tipos de esportes têm crescido com o apoio
de empresas de agenciadoras de viagem, turismo, hotelaria, marketing e
atividades físicas e esportivas, quer como atração para o público, quer como
atividade de lazer ou de alto rendimento.
Participam empresas fabricantes e locadoras de equipamentos, promotoras
de eventos e instrutoras do esporte, seja como prática de lazer (com guias e
instrutores) ou iniciação esportiva.
Onde
praticar o esporte!
O carro a vela é praticado por grupos ou
associações de pilotos. Eles estão espalhados por toda região sul do país,
incluindo a Ilha Comprida (SP).
Os pilotos costumam se reunir principalmente nos
finais de semana. A preferência é pelos horários de menor fluxo de pessoas nas
areias das praias, a fim de proporcionar mais segurança aos banhistas e pilotos
e maiores velocidades.
O carro a vela é praticado em locais de vento
forte e constante, com longas extensões e faixas largas e uniformes de areia
dura, o que facilita o deslocamento dos carros para iniciação, treinamento,
realização de competições e lazer.
Na costa brasileira, há extensos litorais em São Paulo,
Santa Catarina e Rio Grande do Sul, estados de grande potencial para a prática
do esporte.
Os carros são fabricados por empresas nacionais e
engenheiros autônomos e chegam a atingir entre 70 e 180 km/h. Nas redes
sociais, podem ser encontrados projetos de construção de veículos.
Os grupos de pilotos, ou “tribos”, se é que podem
ser chamados assim, estão presentes nas redes sociais, onde costumam orientar
aqueles que querem se iniciar no esporte.
Vou
contar algo mais pra você!
· O vento Nordeste é o
melhor para o deslocamento dos carros e ocorre normalmente na Região Sul do
país;
· As faixas largas da
areia favorecem a realização de manobras radicais no esporte;
· O carro atinge cerca
de três a quatro vezes a velocidade do vento, que deve ser de no mínimo 10
km/h;
· O esporte é praticado
com veículos pequenos sobre três rodas, impulsionados pela força do vento;
· A pilotagem do carro
a vela é parecida com o velejar; por isso, para começar, o primeiro passo é
conhecer o comportamento do vento;
· Os pés direcionam o
carro, e as mãos manejam a vela.
· A indústria nacional de
equipamentos do esporte, concentrada em Porto Alegre (RS) e São Paulo (SP),
constrói ainda poucos veículos, pois a demanda é considerada pequena para
atender ao pequeno número de praticantes;
· O
involucro da vela é um excelente local para expor a relação entre esporte e
marketing;
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Organização
no Brasil
O carro a vela é organizado e
dirigido pela Federação Brasileira de Carro a Vela (FBCV).
Organização
Internacional
A Federação Internacional de Carro a Vela (FISLY)
é a entidade máxima do esporte no mundo.
Referências
Bibliográficas
ALBERNAZ,
P. Carrovelismo ou Windcar. Disponível em: https://www.windcarbrasil.com.br/p/definicao.html.
Acesso em: 3 jun. 2020.
ALBERNAZ, P. Windcar Brasil. Publicação eletrônica [mensagem pessoal].
Mensagem trocada com aerojango@gmail.com. 04 ago 2020.
COSTA,
L. P. da (Org.). Atlas do esporte no Brasil. Rio de Janeiro: Shape,
2004.
SIMÕES,
C. Prática de windcar atrai curiosos na Plataforma de Atlântida.
https://gauchazh.clicrbs.com.br/geral/noticia/2013/01/pratica-de-windcar-atrai-curiosos-na-plataforma-de-atlantida-4023707.html.
Acesso em: 4 jun. 2020.
TUBINO,
M. J. G.; GARRIDO, F. A. C.; TUBINO, F. M. Dicionário enciclopédico Tubino
do esporte. São Paulo: Senac, 2007.
WINDCAR
BRASIL. Aventura movida pelo vento
Passagem pelo Cassino está prevista para 10 ou 11 de novembro de 2013. https://www.facebook.com/WindcarBrasil/posts/aventura-movida-pelo-ventofoto-wind-car-brasilaventura-movida-pelo-ventopassagem/597471806957498/. Acesso em: 29 jun. 2020.
Passagem pelo Cassino está prevista para 10 ou 11 de novembro de 2013. https://www.facebook.com/WindcarBrasil/posts/aventura-movida-pelo-ventofoto-wind-car-brasilaventura-movida-pelo-ventopassagem/597471806957498/. Acesso em: 29 jun. 2020.
WINDCAR
BRASIL. História do carrovelismo. Disponível em:
https://www.facebook.com/WindcarBrasil/posts/584130731624939. Acesso em: 4 ago.
2018.
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