Foilboard: um voo rasante sobre a água!

"Um surfe em voo rasante, velocidade e manobras radicais"

Foto: Kanoa Zimmerman

Como é o esporte?

O foilboard é praticado em uma prancha de surfe adaptada, que voa sobre as ondas ainda em formação.

O equipamento possui um hidrofolio, que é uma quilha parecida com uma asa de avião. Ela diminui o atrito com a água, possibilitando que a prancha fique sustentada por inteiro no ar. Assim, observa-se a flutuação do equipamento acima das ondas, suspenso apenas por uma lâmina fina. A peça, em si, oferece mais velocidade e estabilidade, facilitando o surfe e proporcionando manobras jamais vistas. O equipamento funciona bem em ondas pequenas, mas apresenta melhores resultados nas grandes, pois minimiza o atrito.

Foto: Pat Nolan

O deslocamento é sem arrasto, spray ou esteira na água, com a prancha se deslocando na orça ou no contravento muito bem. A prancha plaina sobre a água com a quilha em formato de asas cortando-a.

No foilboarding, a velocidade é muito superior à das pranchas comuns. Isso porque, à medida que o atleta é rebocado por um jet-ski, a prancha descola da água e o contato fica restrito à asa da quilha submersa.

Por cortar a água como uma lâmina, o hidrofólio pode machucar o praticante. Para evitar isso, o equipamento vem com um mecanismo de emergência chamado quick-release, que, quando puxado, libera as fivelas que prendem as botas do atleta à prancha. O piloto do jet-ski também fica a postos para resgatar o surfista quando este “toma um caldo”.

Foto: Phil Thurston

A segurança no esporte é fator essencial requer o uso de colete salva-vidas, e embarcação de apoio. A prática deve ser feita em águas abertas sem ou longe da presença de banhistas e surfistas.

Quando o esporte chegou por aqui?

No Brasil, o foilboard (também: foilsurfe ou airboard) foi visto, pela primeira vez, na Represa de Guarapiranga (SP), na década de 1990, praticado por Lair Hamilton, um dos precursores do esporte no mundo.

Outro pioneiro do esporte no Brasil foi Luís Roberto Formiga, apresentador do programa X-treme, na ESPN. Em 1997, Formiga montou o seu próprio foilboard, o primeiro fabricado no país. O equipamento foi criado ao adaptar uma air chair que combinava esqui aquático com hidrofólio e banco para sentar. O teste foi feito na Represa de Guarapiranga, com o foilboard rebocado por barco, e os pés do atleta, fixados na prancha por meio de botas de snowboard.

Em 2002, Phil Rajman apareceu na Praia na Barra da Tijuca (RJ) com um dos oito modelos de foiboard fabricados no mundo. Dois anos depois, foi a vez de o surfista Jorge Pacelli também ser visto praticando o esporte.

Durante sua fase de desenvolvimento, o foilboard sofreu modificações por ser muito pesado. A quilha de metal, com cerca de 80 centímetros de altura e 50 centímetros de asa, foi testada para garantir estabilidade ao equipamento, que já foi puxado, por exemplo, por vários veículos náuticos, como o jet-ski, o kite surfe e o tow-in.

O conjunto prancha-fixação-botas (semelhante ao do snowboard) também foi testado para dar ao atleta mais segurança e controle sobre o equipamento, diminuindo o impacto deste sobre seu corpo ao cair na água.

Atualmente, a prática do foilboard pode ser vista no Guarujá (SP) e na Barra da Tijuca, considerando-se que o grupo de foilboarders ainda é pequeno no Brasil.

Organização no Brasil

O foilboard tem sido praticado como lazer.

 

Referências Bibliográficas

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