Boliche/Bowling: vai um strike ou spare!

(Foto: Divulgação)


Boliche/Bowling:" uma derrubada geral, e história pra contar"


Por Fernando Garrido

Como é o esporte? 
            O esporte é praticado de forma individual, em duplas ou por equipes. No jogo, uma bola é arremessada ao longo de uma pista de piso de madeira ou material sintético com o objetivo de derrubar 10 “garrafas” (pinos) dispostas de forma triangular na outra extremidade da pista.
Nos lados da pista, há canaletas onde caem as bolas mal arremessadas. Se o jogador derrubar todos os dez pinos ou garrafas em um único arremesso, marca um strike, que vale 10 pontos. Se o fizer em dois arremessos, marca um spare.
Uma partida é composta de dez jogadas, com no máximo dois arremessos permitidos em cada.
Vence a disputa quem alcançar o maior número de pontos conforme estabelecido nas regras e nos regulamentos.

Quando o esporte apareceu por aqui?

No Brasil, o boliche apareceu como lazer nos anos 1960, em casas comerciais espalhadas pelo país, principalmente nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. Entre as mais famosas, estavam a Casa Suíça, o Canecão, o Scala e o Gato Pardo.


(Foto: Marcelo Loureiro/COB)

        A popularização do esporte se deve ao envolvimento dos clubes, que contribuíram efetivamente com a criação de torneios realizados no eixo Rio-São Paulo. Em São Paulo, o pioneirismo ficou por conta de Corinthians, São Paulo, Telefônica e Clube Acre. No Rio de Janeiro, os primeiros clubes envolvidos no esporte foram o Carcará, o Contrapinos, o Várzea Country Club e o América Futebol Clube.
            A estreia do Brasil em competições internacionais ocorreu em 1976, no Campeonato Sul-Americano realizado em Buenos Aires (Argentina).
         Quatro anos depois, o boliche foi reconhecido como esporte pelo então Conselho Nacional de Desportos (CND).
           Em 1981, ocorreu o 1º Campeonato Brasileiro de Seleções, realizado no Rio de Janeiro. Nessa ocasião, participaram equipes do Distrito Federal e dos estados de Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais.
A partir de 1982, começaram a surgir boliches automáticos em shoppings pelo país. O primeiro foi o do Playcenter, no Morumbi Shopping (SP) – o Morumbi Bowling Show. Esse fato favoreceu o início de uma nova fase de desenvolvimento do esporte no país, apoiada sobre a intensificação da importação de pistas oficiais, o que garantia a sua difusão como lazer, treinamento e competição.
Em 1986, o boliche brasileiro começou a se organizar com a fundação da Federação Paulista de Boliche (FPBOL), o que favoreceu a participação do esporte em eventos internacionais, principalmente no âmbito sul-americano, com bons resultados alcançados.
As primeiras conquistas internacionais começaram a aparecer com o atleta Fernando Rezende, em 1989. Em evento promovido pela Federação Internacional de Boliche (FIQ), a entidade máxima do esporte, o atleta obteve o ouro na competição. Esse feito foi alcançado na fase individual do Campeonato Mundial Sub-23, disputado nas Filipinas.
         O progresso do esporte levou à criação da Confederação Brasileira de Boliche (CBBOL), que, em 1993, passou a gerir o esporte no Brasil, no lugar da Confederação Brasileira de Desportos Terrestres (CBDT).

(Game-Station-Bowling)
Uma nova fase de desenvolvimento do esporte se intensificou com a automatização das pistas de boliche na década de 1990 estabelecendo um divisor de águas.  O boliche se consolidava pela implantação de pistas espalhadas pelo país como diversão com grande potencial de lazer, e negócio, e consequentemente criava um maior interesse de ser um atleta profissional. 
As competições internacionais começariam a aparecer no Brasil. A primeira delas a Copa do Mundo AMF, foi disputada em São Paulo, no Planet Bowling, em 1995, participando dezenas de países. O esporte se difundia de norte a sul do país, principalmente com a chegada da máquina de pinos assistidos e sustentados por fios. 
Em 1996, foi realizado o 11º Campeonato Sul-Americano, no Brunswick Park Bowling, em Brasília (DF). Pela primeira vez o Brasil alcançava melhores resultados nas categorias adulto e juvenil masculino.


(Surto Olímpico)

             No início deste século, em São Paulo, o Shopping Eldorado ganhou a maior pista de boliche do Brasil, com 24 pistas computadorizadas. No Rio de Janeiro, o Barra Shopping reinaugurou o Barra Bowling, com instalações novas e pistas em conformidade com as especificações internacionais. O local foi utilizado como sede do esporte nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, em 2007. 
A evolução do esporte, em especial de seu nível técnico, começou a ser percebida de forma efetiva nos eventos internacionais, como os Jogos Pan-Americanos. Em 2003, em Santo Domingo (Republica Dominicana), o Brasil ficou em sétimo lugar na competição feminina de duplas, com Jacqueline Costa e Luiza Rocha. Na competição individual, Jacqueline ficou em 17º lugar e Luiza, em 21º.
Nos Jogos Sul-Americanos de 2006, na Argentina, a seleção brasileira obteve 12 medalhas e a vaga para os Jogos Pan-americanos de 2007, no Rio de Janeiro. Tal feito coube aos atletas Fábio Rezende, Rodrigo Hermes, Jacqueline Costa e Roseli dos Santos.
Um novo cenário no esporte se redesenhava a partir de 2007. Pela primeira vez em sua história, o boliche brasileiro alcançava uma medalha nos Jogos Pan-americanos, no Rio de Janeiro. A dupla masculina, composta por Fábio Rezende e Rodrigo Hermes, obteve a medalha de prata.


(FbolMS/Foto: Divulgação)


        Uma nova conquista de medalha surgia nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, quatro anos depois, com o bronze de Marcelo Suartz.
Em evolução, o boliche brasileiro atingia o degrau mais alto do pódio e relevância internacional nos Jogos Pan-Americanos de Toronto (Canadá), em 2015, quando Marcelo Suartz obteve mais uma medalha, agora, de ouro.  Em 2019 nos Jogos Pan-americanos de Lima (Peru) Marcelo ficou com a medalha de prata.
Uma série de competições regionais, nacionais e internacionais abria oportunidades para a melhoria do desempenho técnico dos atletas. Entre os eventos regionais e nacionais estão os Torneios Início, as Taças e os Campeonatos Estaduais e Brasileiros de clubes e seleções.
Em relação a participações no exterior, as representações brasileiras têm tido presença regular em eventos Sul-americanos, Pan-americanos, Copas do Mundo, Torneios das Américas e Campeonatos Mundiais.


(Foto:Divulgação)

           O boliche é bastante praticado no Distrito Federal e nos estados de Pará, Pernambuco, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Onde praticar o esporte?
            O esporte é praticado em associações ou clubes esportivos e sociais, centros de lazer, shoppings, parques temáticos, resorts, hotéis fazenda e casa comerciais especializadas no esporte, os Clubes de Boliche.
   
 Vou contar algo mais pra você?
 ·    No jogo você vai usar um calçado largo (pantufa) para durante a passada no chão liso, não escorregar no arremesso;
·       Você pode estabelecer a sua pontuação jogando como lazer;
·       O boliche requer coordenação, ritmo, equilíbrio, agilidade e flexibilidade;
·    No boliche a concentração e a precisão são elementos essenciais com a sincronização dos movimentos do corpo ao lançar a bola;
·       O boliche também é jogado online;
·       No jogo há um ranking de atletas federados e em razão da colocação eles se credenciam a compor as representações em disputas de eventos estaduais, e nacionais em eventos internacionais;
·       A essência do jogo é a objetividade representada pela derrubada de pinos/garrafas e pontos;
·       O boliche é um esporte que traz benefícios a sua saúde física, mental e emocional;
· O boliche é reconhecido pelo COI, como esporte da organização da Associação Internacional dos Jogos Mundiais (International World Games Association/IWGA) disputado desde 1981; 
·       O esporte pleiteia entrar nos Jogos Olímpicos de 2024.


Acompanhe a nossa agenda de negócios. Invista nessa ideia!
- Fotos e vídeos
- Produtos e serviços
- Blogs parceiros
- Empresas parceiras
- Profissionais parceiros
Patrocinadores
- Onde praticar 
- Points do esporte
- Eventos esportivos nacionais e internacionais
- Grandes nomes do esporte
- Notícias em geral
Amigos do blog
- Links úteis

Dicas de Leitura no Blog!
Leia: Novas tendências esportivas no Brasil
Links Recomendados
Recomendamos a bibliografia anexa
Divulgue esse artigo


Nosso Recado a Você!

      
Cuide-se de forma integral, mas não deixe de treinar o seu cérebro.
Acompanhe posts e artigos científicos produzidos por empresas e profissionais parceiros colaboradores, além da bibliografia selecionada e recomendada para você elaborar seus trabalhos acadêmicos e profissionais.
As empresas e profissionais parceiros do blog estão à disposição para atender vocês, com seus serviços e produtos.
Procure os esportes adequados aos seus gostos e pratique-os regularmente! Escolha entre as centenas que estão ao seu dispor e de acordo com as suas condições físico-orgânicas e socioeconômicas.

Afinal, você pode mudar de hábito. Busque um estilo de vida ativo!

Comente
Receba textos por mensagens
Patrocine
Apoie
Anuncie aqui
Faça parte do time
Siga-nos
Contate-nos

Compartilhe

Associe  a sua marca, produto ou serviço ao esporte!

         

Organização no Brasil
            O boliche é organizado e dirigido pela Confederação Brasileira de Boliche (CBBOL).

Organização Internacional
A Federação Internacional de Boliche (FIQ) é a entidade máxima do esporte no mundo.

Referências Bibliográficas

BOLICHE BRASIL. História do Boliche. Disponível em: https://www.bolichebrasil.com.br/pages/historia. Acesso em: 22 maio 2018.

BOLICHE ONLINE. Como jogar boliche de forma rápida e fácil - Dicas.  Disponível em: https://boliche.com.br/esporte-boliche/como-jogar-boliche/. Acesso em: 22 maio 2018.
CLUBE COMARY. A verdadeira história do Boliche. Disponível em: www.clubecomary.com/site/modalidades/...boliche/37-a-verdadeira-historia-do-bolich. Acesso em: 25 maio 2018.
COSTA, L. P. da (Org.). Atlas do esporte no Brasil. Rio de Janeiro: Shape, 2004.
DUARTE, O. Todos os esportes do mundo. São Paulo: Makron, 1996.
TUBINO, M. J. G.; GARRIDO, F. A. C.; TUBINO, F. M. Dicionário enciclopédico Tubino do esporte. São Paulo: Senac, 2007. 




Comentários