Biribol: a água despertou um esporte brasileiro!

(Foto: Willian Rommel/EG) 

        O biribol foi criado em 1968, em Birigui (SP), cidade que inspirou o seu nome. Inventado por Dario Miguel Pedro, o esporte teve as suas primeiras disputas organizadas na residência de Fehiz Adas, na mesma cidade.

            O nome original era frescobol, pelo fato de os praticantes se refrescarem na piscina quando jogavam. De meio de entretenimento para a sua institucionalização, foi apenas uma questão de tempo.

            O biribol chegou a várias cidades do Brasil, mas continua sendo predominantemente praticado como esporte-lazer em locais de forte calor. Ele pode ser encontrado em estados como: Alagoas, Tocantins, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná.

Ainda no final da década de 1990, surgiram a Liga Nacional de Biribol (LNB) e a Confederação Nacional de Biribol (CNBi) o que favorecia a visão do caráter de competição no esporte.

A difusão do esporte ganhava impulso com a criação da Copa Sesc-TV Progresso de Biribol, iniciada em 1999 e disputada entre as cidades do noroeste de São Paulo. 

O biribol começou a fazer parte do rol de esportes disputados no Jogos Regionais e nos Jogos Abertos do Interior de São Paulo desde 2001.

            A Copa Brasil de Biribol, organizada pela LNB, é disputada sob a forma de circuito (etapas) e teve início em 2004.

            Atualmente, as principais competições são a Superliga Brasileira, a Copa André Ferro Amadora, os Jogos Regionais de São Paulo, campeonatos estaduais e torneios por categorias de idades.

            O biribol tem federações nos estados de Alagoas, Tocantins, Goiás, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná.

            O esporte se tornou uma marca, o que possibilitou a criação e a fabricação de materiais e equipamentos exclusivos por empresas licenciadas. Entre esses produtos, estão as piscinas em fibra de vidro com dimensões oficiais, além de bolas e redes.

                                                               (Foto: Fotógrafos PMJ)

O biribol pode ser considerado um esporte derivado de outros esportes, segundo corrente proposta por Tubino et al. em 2006. É um esporte que atrai participantes de todos os sexos e idades pelo prazer de ser praticado na água e, principalmente, pelo baixo impacto causado sobre o corpo. 

Como se joga?

O jogo é praticado em uma piscina especial (medindo 8m x 4m x 1,30 m de profundidade), com bola, rede (à altura de 2,62 metros para homens e 2,40 m para mulheres) e postes de sustentação.

Disputam o jogo duas equipes integradas por 2 ou 4 praticantes cada. As regras se assemelham às do voleibol. As equipes têm direito a três toques na bola quando ela vier do campo adversário.

No biribol, não existe invasão por cima da rede. Qualquer atacante pode tocar na bola por cima e do lado contrário da rede desde que não toque nesta. Esse toque é permitido antes mesmo do ataque adversário. 

O ponto é marcado quando a bola toca na água. A quina arredondada da piscina é considerada zona neutra. A bola pode ser recuperada mesmo fora da piscina.

Vence a equipe que ganhar dois sets em melhor de três e três sets em melhor de cinco, disputados em partidas de 21 pontos e com diferença mínima de 2 pontos.

Organização no Brasil

            O biribol é organizado e dirigido pela Confederação Nacional de Biribol (CNBi) e pela Liga Nacional de Biribol (LNB).

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Referências Bibliográficas

BLOGBEL PISCINAS. Conheça o biribol, um esporte genuinamente brasileiro. Disponível em: https://blog.belpiscinas.com.br/conheca-o-biribol-um-esporte-genuinamente-brasileiro/. Acesso em: 15 abr. 2020.

CNBI. Regras. Disponível em: https://biribol.com.br/regras-biribol/. Acesso em: 15 abr. 2020.

COSTA, L. P. da (Org.). Atlas do esporte no Brasil. Rio de Janeiro: Shape, 2004.

MIGUEL PEDRO, D. Biribol. Birigui: Arco-Íris, 1991.

___________ (1994). Comunicação pessoal. Rio de Janeiro, 1994.

TECHESPORTE. História do biribol. Disponível em: http://techesporte.blogspot.com/2011/12/histotia-do-biribol.html. Acesso em: 15 abr. 2020.

TUBINO, M. J. G.; GARRIDO, F. A. C.; TUBINO, F. M. Dicionário enciclopédico Tubino do esporte. São Paulo: Senac, 2007.