Balonismo: espetáculo de cores na natureza!
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(http://www.luchiari.com.br/) |
As primeiras notícias sobre o voo
de um balão no Brasil datam de 1709. Foi quando o padre Bartholomeu Lourenço de
Gusmão obteve o êxito de fazer subir o primeiro balão de ar quente.
Um ano depois, Edouard Heilt permaneceu
com um balão no ar por alguns segundos em Saco dos Alferes, no Rio de Janeiro.
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(Crédito: Balonismo Brasil) |
Outro pioneiro do esporte foi Augusto
Severo de Albuquerque. Pilotando o balão de Bartholomeu de Gusmão, ele conseguiu
sobrevoar o bairro de Realengo, no Rio de Janeiro, em 1894. Em 1902, Augusto
alcançou 400 metros de altitude com o balão Pax.
Em 1901, foi a vez de Alberto
Santos Dumont fazer uma volta em torno da Torre Eiffel, em Paris, em um balão
adaptado com motor a gasolina.
Os balões de ar quente chegaram a
São Paulo pelas mãos do empresário Vitório Truffi, no século 20. De viagem aos
EUA, Truffi obteve brevê de piloto de balões e adquiriu um balão de ar quente que
foi trazido para Brasil. Acompanhado de Bob Rechs, instrutor e piloto
norte-americano, eles fizeram um voo de 40 minutos em Araraquara (SP), no
estádio da Fonte Luminosa, em 1970.
Nesse mesmo ano, ocorria o 1º
Festival de Balonismo, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.
Truffi, um dos maiores nomes do
balonismo, teve atuação destacada no desenvolvimento do esporte no Brasil. Ele
criou o primeiro clube do esporte no país, o Clube Paulista de Balonismo (CPB).
Foi o primeiro piloto autorizado a fazer voos em balões, voar em festas aéreas
e instruir novos adeptos do esporte.
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(Blogdobalonismo.net) |
O Ministério da Aeronáutica, com
base nos regulamentos norte-americanos trazidos por Truffi, começou a definir
as normas brasileiras do esporte e a emitir brevês nacionais de pilotagem em
1978.
A primeira representação
brasileira do esporte em evento internacional ocorreu no 4º Mundial, organizado
na cidade de Uppsala (Suécia), em 1979. A equipe contou com a
participação do piloto Bruno Schwartz.
Com a fundação da Associação
Brasileira de Balonismo (ABB), em São Paulo, o esporte foi regulamentado em
1987. Nessa ocasião, foi realizado o 1º Encontro Brasileiro de Balonismo.
O 1º Campeonato Brasileiro de Balonismo
foi realizado em 1988, em Casa Blanca, São Paulo, e teve como campeão Rubens
Kalousdian.
O desenvolvimento do balonismo
contou com o apoio de empresas promotoras de eventos esportivos e de marketing,
o estabelecimento de regras de segurança e a exigência de brevês, oficializada
após formação em escolas de treinamento.
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(Minotto Fotografia) |
Na cidade de Torres, (RS), um dos
locais privilegiados para a prática do esporte, iniciaram-se, em 1989, os
Festivais de Balões. Dez balões participaram do primeiro evento, que foi
vencido por Orlando Geniocolo. Desde essa época, o Festival de Balões de Torres
tornou-se referência nacional e internacional no esporte.
O 2º Campeonato Brasileiro de Balonismo,
também realizado em 1989, ocorreu na cidade de Americana (SP) e teve como
vencedor Leonel Brites.
Nesse mesmo ano, em Saga (Japão),
um balão fabricado no Brasil participou pela primeira vez de um Campeonato
Mundial. O Brasil foi representado por Salvator Haim, Bruno Schwarz e Rubens
Kalousdian.
Schwartz novamente representou o
Brasil no 1º Campeonato dos Campeões, evento internacional realizado em
comemoração ao aniversário do Rei Hussein, da Jordânia, em 1992.
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(Imprensa rioclaro. balonismo-1jpg) |
A partir de 1992, os festivais de
balonismo no Brasil passaram a incorporar o marketing nos eventos. Empresas
promotoras de eventos e de marketing e grandes empresas patrocinadoras
começaram a relacionar os seus nomes ao esporte, como ocorreu durante o 4º
Festival Kodak/Skol de Balonismo, em Torres.
O Campeonato Mundial de
Balonismo, em sua 21ª edição, foi realizado pela primeira vez na cidade de Rio
Claro (SP), em julho de 2014. O primeiro lugar coube a Yudai Fujita (Japão),
com 17.443 pontos. O segundo lugar foi de Uwe Schneider (Alemanha), com 16.216
pontos, e o terceiro lugar ficou para Lupércio de Lima (Brasil), com 16.064
pontos.
As competições de balonismo têm
sido realizadas regularmente e envolvem a organização de copas regionais, campeonatos
brasileiros e festivais, eventos que chamam a atenção da sociedade brasileira
pela exuberância dos balões e de suas multicores.
Esporte radical, de natureza e
aventura em essência, o balonismo, além de ser praticado como competição, tem
sido uma atividade bastante utilizada no turismo como forma de lazer. A relação
entre esporte e turismo tem se estreitado com a oferta de passeios aéreos de
balão, uma atividade exploradora das belezas naturais espalhadas pelo país, em
estados como São Paulo, Ceará, Pernambuco, Goiás, Bahia, Acre, Rio de Janeiro,
Minas Gerais e Rio Grande do Sul.
A relação entre esporte e turismo
é exponencialmente explorada por empresas de viagens, ecoturismo e turismo de
aventura. Ela gera oportunidades de negócios ao envolver empresas, marketing,
mídia, aumento de empregos diretos e indiretos, renda e recolhimento de
impostos, formando, dessa maneira, um ciclo virtuoso.
Como é realizado?
O balonismo é um esporte que consiste
em disputas entre balões tripulados e movidos pelo vento.
A altura a atingir depende da
quantidade do ar aquecido dentro do envelope do balão e do controle do fogo, o
que determina a sua subida ou descida.
O balonismo compreende uma série
de provas que exigem do piloto o cumprimento das mais diversificadas tarefas e o
acúmulo de pontos para o resultado final.
Entre as tarefas a cumprir, estão:
atingir um alvo com precisão; perseguir outro balão; lançar a marca em alvo
pré-estabelecido; mudar de direção para alvos determinados; lançar a marca depois
de certo tempo de voo e distância de decolagem; percorrer uma distância em menor
tempo possível; descer o mais próximo ao chão e atingir um alvo entre dois
possíveis.
O deslocamento do balão sofre
influência dos ventos e de condições meteorológicas, o que exige do piloto não
só conhecimentos técnicos mas também habilidade no controle da direção do
equipamento, principalmente na decolagem e na aterrissagem. [a pontuação é sem
vírgula mesmo. Deixe-a assim.]
Uma série de equipamentos de
controle e segurança é exigida no balonismo, como cilindros de gás, corda de
segurança, mapas, altímetro, termômetro e extintores de incêndio.
A prática do balonismo no Brasil
é regulamentada e fiscalizada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Para realizar voos panorâmicos
turísticos, é necessário registrar-se na modalidade táxi-aéreo e obter certificação para o equipamento.
Organização no Brasil
O esporte é dirigido e organizado
pela Confederação Brasileira de Balonismo (CBB).
A Comissão de Aerodesporto
Brasileira (CAB), que equivale ao National Airsport Control (NAC) do Brasil, é
filiada à Federação Aeronáutica Internacional (FAI), que homologa todos os
campeonatos mundiais e recordes.
Organização Internacional
O esporte é dirigido e organizado
pela Federação Aeronáutica Internacional (FAI).
Referências Bibliográficas
BLOG DO BALONISMO. O que é o balonismo? Disponível em:
blogbalonismo.net › sem categoria. Acesso em: 18 jul. 2017.
CBB – Confederação Brasileira de Balonismo. História do
Balonismo. Disponível em: www.balonismo.org.br/historia. Acesso em: 18 jul.
2017.
COSTA, L. P. da (Org.). Atlas do esporte no Brasil. Rio
de Janeiro: Shape, 2004.
GAZETA DO BALÃO. A História do Balonismo. Disponível
em: gazetadobalao.com.br/a-historia-do-balonismo/. Acesso em: 18 jul. 2017.
GUIA DA SEMANA. 9 lugares para voar de balão no Brasil.
Disponível em: https://www.guiadasemana.com.br/turismo/noticia/9-lugares-para-voar-de-balao-no-brasil. Acesso
em: 5 maio 2020.
GURGEL, G. Balonismo e turismo nos céus do Brasil. Disponível em: http://www.turismo.gov.br/ultimas-notícias/8233-balonismo-e-turismo-nos-ceus-do-brasil.html. Acesso em: 5 maio 2020.
JK BALONISMO. História. Disponível em:
www.jkbalonismo.com.br/?menu=historia. Acesso em: 18 jul. 2017.
JORNAL NACIONAL. Campeonato
Mundial de Balonismo colore o céu em Rio Claro/SP. Disponível em: http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2014/07/campeonato-mundial-de-balonismo-colore-o-ceu-em-rio-clarosp.html.
Acesso em: 18 jul. 2017.
TUBINO, M. J. G.; GARRIDO, F. A. C.; TUBINO, F. M. Dicionário
enciclopédico Tubino do esporte. São Paulo: Senac, 2007.
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