Autocross: terreno de emoções!

circuitomt.com.br (Divulgação)


               Os primeiros buggies e gaiolas autocross surgiram na década de 1960, no Brasil.
        No final da década de 1970 e início dos anos 1980, o autocross apareceu sob a orientação de Paulo Rale. As competições e os torneios despontavam em diversos estados do país. Os carros corriam a 70 quilômetros por hora em pistas de terra com curvas, lombadas e descidas.
            O esporte começou a contagiar todos que dele se aproximavam: pilotos, construtores, apreciadores, patrocinadores e o público. Em 1982, os carros de autocross já veiculavam grande número de patrocinadores provenientes de vários setores da sociedade brasileira. Os pilotos eram atraídos pelo baixo custo dos veículos e de sua manutenção.
Nessa fase, buscava-se implantar um regulamento geral para o esporte por meio da Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA). A exigência deveria se voltar para a qualidade do piloto e não para componentes e peças importados.
A estrutura do carro precisava ser reforçada com barras anticapotagem superiores e treliçadas no teto, além de possuir peso mínimo de 550 quilos, 1.600 centímetros cúbicos para motores a óleo/ar e 1.450, para os refrigerados a água. Nesse momento, havia a obrigatoriedade de faróis dianteiros, lanternas traseiras acessos durante a corrida e o combustível usado o álcool.
            Em 1984, a CBA realizou o primeiro campeonato brasileiro, em Minas Gerais.
       Os primeiros clubes foram o Esporte Clube Piracicaba Autocross (EPCA) e o Rio Autocross Clube (RAC).
            Uma das primeiras pistas construídas para as provas foi a do Crossódromo de Itaúna, em Saquarema (RJ), local do circuito da Associação de Cross de Saquarema (Across).
          As competições de autocross têm sido disputadas nos Campeonatos Brasileiros, na Copa do Brasil, nas 100 Milhas de Piracicaba, no Citadino em Pista de Terra e nas 60 Milhas de Turismo.
         O esporte tem-se desenvolvido no Distrito Federal e nos estados de Bahia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Paraná, São Paulo, Ceará, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco e Santa Catarina.
        As 100 Milhas de Autocross, realizadas pelo ECPA, ocorrem desde 1990. Essa competição, criada por Benedito Giannetti, adquiriu âmbito nacional e destaque pelo uso de gaiolas tubulares.
Divulgação/Assessoria

          O autocross tem sido organizado pelas federações e pela associação nacional de equipes e pilotos de auto e kartcross. A participação das empresas promotoras de eventos, mídia e marketing tem permitido ao esporte toda a infraestrutura e os recursos financeiros indispensáveis para o seu desenvolvimento no país.
             O kartcross é uma das modalidades de autocross com grande crescimento no Brasil. O esporte de baixo custo tem favorecido o aumento do número de pilotos em competições. Nas competições em asfalto, conhecidas por KartCross Street, os carros sofrem adaptações necessárias nos pneus e na suspensão.
            Uma das mais importantes competições ocorreu em novembro de 2017, em Cuiabá (MT). Pela primeira vez no esporte, foram realizadas as 300 Milhas de Autocross, no autódromo Bom Futuro. A competição teve a presença de 20 equipes compostas por duplas. A prova durou 3 horas e meia teve um pit stop de 3 minutos para abastecimento e troca de pilotos.
O kartcross indoor, uma das modalidades do autocross, é praticado em pista coberta e tem grande popularidade no país.

Como o esporte acontece?
O esporte do autocross ocorre em pista de terra ou asfalto, com circuitos de 800 metros a 2.000 metros de traçado em curvas, descidas e lombadas.
O autocross tem-se desenvolvido nas categorias: turismo, gaiolas tubulares, veloterra, kartcross, rallycross, buggies e baja.
A segurança dos pilotos está na essência do esporte, sendo primordial o uso de equipamentos como macacões antichama, luvas, capacete, sapatilhas e cintos de segurança. A estrutura do carro forma um esqueleto tubular ou Santo Antônio.
O autocross, tem especificações determinadas pelas regras e pelos regulamentos estabelecidos pela CBA e FIA para as competições. Os tipos de veículo determinam as modalidades do esporte, entre elas o kartcross e o rallycross. As provas são disputadas sob critérios de velocidade e endurance e podem ser cronometradas, especialmente no rallycross. Depois de muita emoção, dureza e poeira, vence quem chegar à frente.

Organização no Brasil
            O autocross é dirigido pela Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA).

Organização Internacional
            A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) é a entidade máxima do esporte no mundo.

Referências Bibliográficas
CBA – Confederação Brasileira de Automobilismo. Copa Brasil de Autocross. Disponível em: www.cba.org.br/site/modalidades.php?id=270. Acesso em: 20 mar. 2018.
COSTA, L. P. da (Org.). Atlas do Esporte no Brasil. Rio de Janeiro: Shape, 2004.
REVISTA PLACAR. Vem aí o Autocross. Aos trancos e barrancos. Rio de Janeiro: Abril, 1982.
TUBINO, M. J. G; GARRIDO, F. A. C.; TUBINO, F. M. Dicionário enciclopédico Tubino do esporte. São Paulo: Senac, 2007.


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