Xikunahity: futebol de cabeça dos indígenas brasileiros

               O Zikunariti, conforme se pronuncia é um esporte de identidade cultural brasileira praticado pelos indígenas Parecis, habitantes do norte do estado de Mato Grosso.

               Em tempos remotos, o jogo era praticado pelas tribos Nambikwara e os povos do Xingu, mas suas referências se tornaram cada vez mais escassas.

               A estreita semelhança com o futebol é inquestionável, embora a bola deva ser conduzida somente por cabeçadas. Há também o controle e os passes ao adversário, que deve mantê-la no ar.

               Em 1996, a modalidade integrou os 1º Jogos dos Povos Indígenas (JPI) do Brasil, realizados em Goiânia (GO). O evento contou com a presença de 400 atletas e 29 etnias, além das seguintes modalidades: futebol de campo, voleibol, natação, canoagem, arco e flecha, arremesso de lança, lutas e corrida de tora.

            O zicunati voltou a ganhar visibilidade nacional e internacional em 2015, com a realização dos 1º Jogos Mundiais dos Povos Indígenas (JMPI). O evento ocorreu em Palmas (TO) e foi promovido pelo Brasil. 

               Nessa ocasião, participaram 2,3 mil atletas indígenas, de 22 etnias brasileiras e cerca de 20 países. As modalidades disputadas foram o arco e flecha, o arremesso de lança, o cabo de guerra, a corrida de tora, as lutas, o futebol de campo, o atletismo e o xikunahati (futebol de cabeça).

 

Como o jogo acontece?

               O zicunati é um jogo criado pelos povos indígenas do Brasil e disputado por equipes compostas de 8 a 15 participantes em cada lado do campo.

               O jogo acontece em um campo com dimensões semelhantes ao futebol. O objetivo é deslocar a bola para o campo do adversário com cabeçadas na bola.               A contagem dos pontos ocorre quando o jogador perde ou deixa de rebater a bola atirada pelo adversário. As partidas podem dura cerca de 40 minutos.  

               A bola, confeccionada em látex, é oca e deve ser dominada, conduzida, controlada, deslocada e passada a outro companheiro da equipe com a cabeça, sem que caia no chão.

               No jogo, não é permitido o uso das mãos e dos pés na bola. 

Organização no Brasil

            Os povos indígenas Parecis disputam esse jogo como forma de lazer.

Referências Bibliográficas

EBC – EMPRESA BRASILEIRA DE COMUNICAÇÃO. Conheça as modalidades esportivas dos Jogos Mundiais Indígenas. Disponível em: http://www.ebc.com.br/esportes/2015/10/conheca-modalidades-esportivas-dos-jogos-mundiais-indigenas. Acesso em: 5 set. 2018.

BRASIL. Ministério do Turismo. Jogos Mundiais dos Povos Indígenas celebram a tradição, a cultura e os esportes.  Disponível em: http://www.turismo.gov.br/%C3%BAltimas-not%C3%ADcias/5615-jogos-mundiais-dos-povos-ind%C3%ADgenas-celebram-a-tradi%C3%A7%C3%A3o,-a-cultura-e-o-esporte.html. Acesso em: 5 set. 2018.

TUBINO, M. J. G.; GARRIDO, F. A. C.; TUBINO, F. M. Dicionário enciclopédico Tubino do esporte. São Paulo: Senac, 2007.