Enduro Equestre: sintonia, resistência e espirito de equipe.
Como é o esporte?
O enduro equestre é uma
modalidade esportiva que teve origem no turismo equestre. Na prova, o cavaleiro
e o cavalo percorrem uma trilha composta por obstáculos naturais, toda
demarcada em um tempo pré-estabelecido ou em velocidade livre.
A regulamentação da CBH
estabelece três tipos de modalidades para o esporte:
Regularidade: na qual devem ser
cobertos percursos naturais que variam de 30 a 75 quilômetros, em tempo
pré-determinado e a uma velocidade média de 10 a 14 km/h;
Velocidade livre: mais
competitiva, com distâncias variando entre 75 e 160 quilômetros. Exige maior
técnica do cavaleiro, além de resistência e condicionamento do cavalo. É
considerada a Fórmula 1 do esporte; e
Modalidade Trial: prova com
tempo e velocidade pré-determinados, apresentando percursos de 30 a 60
quilômetros, com postos de controle ao longo da trilha.
O enduro equestre chegou ao Brasil no início dos anos de 1980. As primeiras competições, com distâncias que variavam de 12 a 20 quilômetros, eram realizadas pela Associação Brasileira de Hipismo Rural (ABHIR).
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Nessa
ocasião, a Associação Brasileira de Criadores do Cavalo Árabe (ABCCA) começou
também a promover as provas da modalidade, o que favoreceu a difusão do esporte
no país.
A primeira prova de enduro
equestre no Brasil, a Maristela Cup, foi organizada por Homero Diacópulus, da
Verdes Eventos, em outubro de 1989. A prova foi realizada em Tremembé, no interior
de São Paulo, com a participação de 25 conjuntos em um percurso de 60 quilômetros
e a uma velocidade controlada de 12 km/h.
A oficialização do esporte como
modalidade dirigida e organizada pela Confederação Brasileira de Hipismo (CBH) ocorreu
em 1990, na gestão do presidente Jorge Gerdau Johannpeter. Nesse momento, foi
instituída a primeira diretoria de enduro da entidade, cujo responsável foi
Pedro Werneck.
Os primeiros passos do esporte
foram imediatamente acompanhados pelo interesse de empresas em promover a sua
difusão apoiando a organização de competições desde a década de 1980.
Entre as empresas pioneiras, encontravam-se:
a Verdes Eventos, que utilizava o modelo francês nas provas; a Copercom,
de Adolpho de Souza Naves Jr. e Malu Frisoni, que empregava o modelo
norte-americano, e a Malheiro & Malheiro, de Sebastião Malheiro Neto, que
adotava nas provas o modelo trail, baseado em planilhas.
A difusão do esporte transcorreu
sustentada na realização regular de competições na década de 1990. Um dos
eventos com maior poder de atrair competidores, o 1º Raid de Enduro Equestre,
em Itatiba (SP), projetou o esporte na mídia, levando à adoção de regras
internacionais.
A parceria entre o enduro
equestre e as empresas ajudou no rápido desenvolvimento do esporte no
Brasil. Ainda em 1990, Sebastião Malheiro Neto realizou a primeira prova
de enduro com o uso de planilha por aqui. Esse evento, seguindo os moldes das
competições de motocross, foi realizado em Dourado (SP) e reuniu mais de 100
cavaleiros.
Também em 1990, Adolpho de Souza
Naves Jr. e Malu Frisoni fizeram a primeira prova patrocinada. A prova,
conhecida por Enduro Primavera, teve o patrocínio da BM & F, e dela
participaram 180 cavaleiros. O objetivo era percorrer a distância de 50 quilômetros
entre Campinas e Pedreira (SP).
O primeiro campeonato brasileiro do
esporte foi realizado em 1991 e oficializado pela CBH. Organizado por Homero
Diacópulus, o evento foi disputado de acordo com o modelo francês. Essa
competição ocorreu em 8 etapas, com provas distribuídas pelos estados de São
Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Em 10 de abril do mesmo ano, surgia a
Associação Brasileira de Enduro Equestre (ABE).
O crescimento do interesse pelo
esporte foi observado com a realização da Copa Banespa do Cavalo de Sela, da
empresa Copercom, em 1991. Esse evento, ao reunir 373 participantes em Campos
do Jordão (SP).
A primeira participação brasileira em
evento internacional ocorreu em 1994. Nessa ocasião, a equipe brasileira se
apresentou em dois eventos organizados juntos. Foram realizados em The Hague
(Holanda), o 5º Campeonato Mundial de Enduro, e a 2ª edição dos
Jogos Equestres Mundiais. Participaram deles quatro conjuntos (cavalo e
cavaleiro) do esporte.
Ainda em 1994, uma prova realizada
em Campinas atingiu recorde de participantes, com 522 conjuntos presentes nas
trilhas. Esse fato foi registrado no Guinness Book como a maior competição
equestre de uma modalidade.
As participações internacionais
ganhavam a presença de representações brasileiras, em especial os campeonatos
mundiais. Em 1996, o conjunto Lica Leão/Savaq representou o Brasil no
Campeonato Mundial Adulto, realizado em Kansas (EUA). O conjunto alcançou a 4ª
colocação, o melhor resultado individual em mundiais até aquela data. Em 1998,
a equipe brasileira, formada por seis conjuntos, obteve o sexto lugar nos 3º
Jogos Equestres Mundiais (WEGs), realizados em Dubai (EAU).
A Liga Nacional de Cavaleiros de
Enduro Equestre (LNCEE), criada em 10 de junho de 1997, passava a representar
cavaleiros e amazonas, além de controlar a qualidade técnica e os níveis de
segurança das competições.
As participações do enduro equestre
brasileiro em eventos no exterior se intensificariam durante década de 2000. As
equipes brasileiras, com êxitos sucessivos, estiveram presentes em Campeonatos
Mundiais de Jovens Cavaleiros; nos Campeonatos Pan-Americanos; no Campeonato
Francês; na Copa das Nações de Enduro; no Campeonato Mundial de Cavalos Novos;
nas Copas das Nações de Juniores e Jovens Cavaleiros e nos Festivais Mundiais
de Enduro.
Nos eventos internacionais
promovidos pelo Brasil, as equipes nacionais também passaram a obter resultados
extraordinários a partir dessa época. A primeira Copa das Nações de Jovens
Cavaleiros em continente americano foi realizada em Mogi das Cruzes (SP), em
2008, e reuniu atletas de vários países. A equipe brasileira, que conquistou o
ouro, era integrada por Mônica Vidiz, Naiara Pesce Dias, Aline Honório e
Patrícia Taliberti. No individual, o Brasil foi ouro com Monica Vidiz montando
Thayza HCF e bronze com Lucas Maia e HMA Jack Pot.
O 2º Festival Internacional de
Enduro Equestre, realizado em julho de 2009 também em Mogi das Cruzes, foi
composto por três competições: a Copa das Nações de Jovens Cavaleiros, a
Paradise Open e o Grande Prêmio Troféu das Equipes, este último evento inédito
no esporte. O Brasil competiu com vários países e conquistou nova medalha de
ouro por equipe. O time de jovens cavaleiros era formado por Mariana Salles/FHJ
Fenício, Iuri Timoner/Volunteer Rach, Rafael Salvador/Cecile Endurance e
Carolina Barbosa Monteiro/Shihan As Sahara. Na disputa individual, o ouro
também foi brasileiro, com Rafaela Barreto montando Eloise JM.
O enduro equestre tem se tornado
o esporte hípico mais praticado no Brasil. A presença feminina nas trilhas cresce
no país e no exterior, com vitórias brasileiras em mundiais seniores.
No enduro, todas as raças equinas
podem participar, mas os maiores protagonistas têm sido os cavalos de sangue árabe.
O enduro equestre brasileiro tem
sido presença constante e protagonista em competições internacionais. Nas
edições do Campeonato Pan-Americano, conquistou várias medalhas. Nos
Campeonatos Mundiais Seniores e no Mundial de Jovens Cavaleiros, o Brasil
também obteve medalhas nas participações até agora realizadas.
Organização no Brasil
O esporte é dirigido e organizado
pela Confederação Brasileira de Hipismo (CBH) e pela Associação Brasileira de
Enduro Equestre (ABE)
Organização Internacional
A Federação Equestre Internacional
(FEI)
é a entidade esportiva máxima do esporte no mundo.
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Referências Bibliográficas
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em: www.cbh.org.br/index.php/historico-enduro.html. Acesso
em: 6 jan. 2018.
COSTA, L. P. da (Org.). Atlas do esporte no Brasil. Rio
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AMBIENTE BRASIL. Enduro Equestre. Disponível
em: https://ambientes.ambientebrasil.com.br/ecoturismo/eco-esportes/eco-esportes.html. Acesso
em: 6 jan. 2018.
INSTITUTO ENDURO BRASIL. Enduro
Equestre. Disponível em:https://institutoendurobrasil.com.br/enduro-enquestre/.
Acesso
em: 11 jan. 2018.
FHMG – FEDERAÇÃO HÍPICA DE MINAS GERAIS. Enduro.
Disponível em: www.fhmg.com.br › Modalidades. Acesso em: 11 jan
2018.
TUBINO, M. J. G.; GARRIDO, F. A. C.; TUBINO, F. M. Dicionário
enciclopédico Tubino do esporte. São Paulo: Senac, 2007.
WERNECK,P. Comunicação pessoal. Rio de Janeiro, 1992.
WERNECK,P. Comunicação pessoal. Rio de Janeiro, 1992.
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