Cabo de Guerra/Tug of War: a disputa é uma guerra saudável
Por Fernando Garrido
Não há como precisar o início do cabo de guerra como esporte no Brasil. Suas primeiras aparições datam do início do século 20 e podem ser encontradas na formação militar das Forças Armadas brasileiras.
As primeiras competições oficiais, contudo, surgiram na Marinha do Brasil (MB) e no Exército Brasileiro (EB). Na Marinha, ocorreram em 1921, em disputa interna a Taça Sargento Albuquerque (CANCELLA, K [et al], 2015: p.30). Nesse tempo, as organizações militares da MB competiam como se fossem clubes.
Em 1922, o cabo de guerra participou dos Jogos do Centenário da Independência do Brasil. Fizeram parte desses jogos: os Jogos Latino-Americanos, realizados no Rio de Janeiro; os Jogos Olímpicos, ocorridos no Rio Grande do Sul, e os Jogos Internacionais Navais (JIN), organizados pela Liga de Sports da Marinha (LSM). Da programação geral do JIN constava o cabo de guerra como uma das provas do atletismo.
As primeiras regras básicas do esporte foram disseminadas na década de 1970 pelo Ministério do Exército. A formalização das regras garantia a padronização dos procedimentos na organização e na direção das competições e na regulamentação da arbitragem pelas organizações militares, principalmente em função da característica essencialmente militar do esporte.
Com a criação dos Jogos Mundiais (World Games), em 1981, o cabo de guerra reapareceu e oficialmente ingressou na lista das 38 modalidades disputadas. Os primeiros jogos ocorreram em Santa Clara (EUA), dos quais participaram 1.265 atletas de 34 países.
A visibilidade alcançada levou o esporte a também integrar os 1º Jogos Nacionais Indígenas, criados em 1996 pelos então Ministério do Esporte e Secretaria Nacional de Esporte do Brasil. A primeira edição, realizada em Goiânia (GO), teve a presença de 400 atletas de 25 etnias.
O cabo de guerra também fez parte dos 1º Jogos Ibero-Americanos de Polícias e Bombeiros, ocorridos entre 15 e 25 de agosto de 2010 em Manaus (AM). Realizados sob a responsabilidade da PM do estado do Amazonas, esses jogos buscavam a integração socioesportiva das forças de segurança dos países latino-americanos.
Em 2015, o esporte estreou nos 1º Jogos Mundiais dos Povos Indígenas (JMPI), realizados em Palmas (TO). Desse evento participaram 24 etnias brasileiras e de mais 23 países.
O cabo de guerra como esporte tem-se disseminado como formação educacional, lazer e competição.
O esporte se desenvolve em variadas situações sendo as mais conhecidas por desafios, gincanas, olimpíadas, e jogos internos.
O cabo de guerra é bastante praticado nas aulas de Educação Física de escolas públicas e privadas, nas praias, nas academias, no crossfit e nas Forças Armadas brasileiras. Também é utilizado por escoteiros, pelas forças auxiliares e por povos indígenas.
Como é o esporte?
O cabo de guerra é um esporte que exige um forte espírito de equipe. Esse valor pode ser encontrado nos povos indígenas, nas Forças Armadas e nas forças auxiliares brasileiras. O espírito de equipe simboliza a união do grupo em defesa da aldeia e da pátria.
É um esporte de força, que exige 6, 8, 10 ou 12 competidores de cada lado do terreno, do campo ou da quadra. Pode apresentar-se com pequenas variações, conforme o lugar em que é disputado. Por exemplo, nos jogos realizados de acordo com as regras da federação internacional, participam seis atletas; nos jogos dos povos indígenas, dez.
As equipes formadas devem ter o peso total equilibrado nos dois lados e classificadas para competir em faixas como pena, leve e pesado.
O cabo utilizado é de sisal. Ele possui, no mínimo, 28 metros de comprimento e 4, 6 ou, até mesmo, 10 centímetros de diâmetro. No início da disputa, o cabo deve estar retesado e com a sua marca central alinhada com a marcação no chão.
A sinalização do meio do cabo é feita por tinta ou fita para que fique bem visível aos árbitros. Também há outras duas marcas, distantes 4 metros da marca central, em cada lado, medida que pode variar de local para local.
Depois de sorteado o lado de cada equipe, os componentes ficam dispostos em pé, de cada lado do cabo. No caso de novas disputas, trocam de lado. Um apito ou tiro de partida determinam o início da disputa.
As equipes podem ser formadas exclusivamente por homens ou mulheres ou podem ser mistas. Durante as disputas, os atletas não podem fazer buracos no terreno, tocar o solo com outras partes do corpo que não sejam os pés e usar calçados, luvas ou qualquer outro artifício.
A primeira equipe que puxar a outra, fazendo com que ela se desloque e cruze a linha central com a marca de 4 metros, vence a disputa. As regras e regulamentos estabelecem algumas situações que podem encerrar a competição.
Organização no Brasil
Não há entidades esportivas de direção e clubes desenvolvendo a formação, o treinamento e a organização de competições de alto rendimento regulares no esporte, em âmbito regional, nacional, e nem mesmo a participação de atletas em eventos da federação internacional do esporte.
Organização Internacional
A Federação Internacional de Cabo de Guerra (TWIF) é a entidade esportiva que dirige o esporte no mundo.
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Referências Bibliográficas
Jogos Mundiais dos Povos Indígenas: JMPI. Disponível em: www.jmpi2015.gov.br/. Acesso em: 24 jul. 2017.
ASCOBOM. PM e SEJEL lançam o 1º Jogos Ibero-Americanos de Polícias e Bombeiros. Disponível em: www.ascobom.org.br/?p=19797. Acesso em: 23 jul. 2017.
CANCELLA, K. et al. 100 anos de esporte na Marinha do Brasil. Rio de Janeiro: CEFAN/CDM, 2015.
WIF – TUG OF WAR INTERNATIONAL FEDERATION. Disponível em: http://www.tugofwar-twif.org/. Acesso em: 23 jul. 2017.
TUBINO, M. J. G.; GARRIDO, F. A. C.; TUBINO, F. M. Dicionário enciclopédico Tubino do esporte. São Paulo: Senac, 2007.
Autor do texto: Fernando Garrido
Autor do texto: Fernando Garrido
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