Turfe/Turf: um esporte de grande contribuição social, econômica e cultural ao país
A
relação entre o homem e o animal já podia ser vista durante os séculos 18 e 19,
em Rio de Janeiro e São Paulo, em práticas de caráter esportivo como touradas, cavalgadas
e torneios de corrida de lança e de espada contra bonecos de palha.
Corridas
rasas a cavalo eram realizadas nas areias da Praia de Botafogo (RJ) com a
presença de grandes fazendeiros e aristocratas tiveram início em 1814. Essas
corridas eram realizadas “em hora em que a maré permitia”. (Gazeta do Rio de Janeiro,
25 mai.1814).
A
presença da nobreza na plateia, especialmente representada pelo imperador D.
Pedro I e sua esposa, D. Maria Leopoldina, era marcante nas competições
esportivas. (Diário Fluminense, 31 jul.1824).
Oficialmente,
o turfe iniciou-se em 1847, no Rio de Janeiro. As disputas ocorriam no Clube de
Corridas, criado em 1849 e localizado entre os bairros de São Francisco Xavier
e Benfica. Sob o nome de Prado Fluminense, esse hipódromo teve como primeiro
presidente Luís Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias. As corridas de cavalo
adotadas no país seguiam o modelo inglês.
Na
época, Caxias começou a importação de cavalos puro sangue inglês (PSI), o que,
segundo ele, garantiria a melhoria da raça nacional e teria grande importância
para a guerra.
A
importação de cavalos de origem inglesa trouxe estímulo a realização de
corridas. No lugar do Prado Fluminense, surgia o Jockey Club Fluminense,
entidade arrendada pelo Major Guilherme Sukov em 9 de junho de 1854.
O
capitão Luís Jácome de Abreu e Souza criava a Escola de Equitação de São Cristóvão
em 1863, berço do hipismo clássico no país.
Em
1868 surgia o Jockey Club, fundado por um grupo de entusiastas de corridas de
cavalos. Entre os primeiros sócios honorários, encontrava-se o conde Herzberg,
idealizador do primeiro código de corridas do antigo Jockey Club Fluminense.
Além disso, fizeram parte do grupo o major Suckov, Costa Ferraz, Henrique
Possolo, Felisberto Paes Leme, Joaquim José Teixeira, Henrique Moller, Luiz
Suckov, Henirque Lambert e Henrique José Teixeira.
Desde
a primeira corrida em 16 de maio de 1869 até a adoção de aposta por meio de pules,
transcorrem três anos. As provas disputadas nesse prado foram transformadas em
grandes prêmios, aparecendo denominações de: Jockey Club, Cruzeiro do Sul, Guanabara,
Ipiranga, Criterium, 16 de julho, Dr. Vieira Souto, Major Suckov e 13 de Maio.
Em 1875, foi fundado, no
Campo da Luz (SP), o Club de Corridas Paulistano, com as corridas recebendo o
incentivo da Marquesa de Santos. Esse clube, mais tarde conhecido por Jockey
Club da Mooca, deu origem ao Jockey Club de São Paulo em 1941.
Os
clubes de corridas foram surgindo na sociedade carioca a partir de 1880 e
influenciando o desenvolvimento do turfe.
Em
1885, foi criado o Derby Club, um clube que se localizava onde se encontra hoje
o estádio do Maracanã. Esse clube foi o
introdutor do cronógrafo elétrico, destinado a marcar com precisão o tempo de cada
páreo.
O
esporte começou a se espalhar pelo país. Em 1899, em Porto Alegre, foi criado o
Derby Club do Rio Grande do Sul. Esse clube surgiu a partir da fusão de quatro clubes
de turfe e, antes de chamar-se Jockey Club do Rio Grande do Sul em 1944, teve o
nome de Associação Protetora de Turfe em 1907.
O
Derby Club de Belo Horizonte (MG) foi criado em 1906. Em 1956 ganhou o nome de Jockey Club de Belo
Horizonte e, um ano depois, passou a chamar-se Jockey Club de Minas Gerais.
A
fusão do Derby Club, de Paulo de Frontin, com o Jockey Club, do Major Suckow deu
origem ao atual Jockey Club Brasileiro (JCB), em 1926 que se tornou um dos
símbolos da sociedade carioca. A fusão desses clubes se deu com Lineo de Paula
Machado, que se tornou seu primeiro presidente. Surgia, assim, o “Hipódromo
Brasileiro” local com pistas de corridas. A essa altura os frequentadores do JCB estavam representados por diversas classes sociais.
Em
6 de agosto de 1933, no Hipódromo da Gávea, localizado no JCB foi disputado o
primeiro Grande Prêmio Brasil para distância de 3 mil metros. Nesse evento,
foram distribuídos 300 contos de réis. O vencedor foi Mossoró, cavalo nacional
montado por Justiniano Mesquita. Surgia também o Sweepstake, a loteria que
havia alcançado grande sucesso na Europa.
Ao longo dos anos, o
prestígio do turfe cresceu acompanhando o desenvolvimento social, econômico e
cultural do Brasil e tornou-se um grande acontecimento social.
O
JCB também introduziu melhorias técnicas para dar mais segurança, lisura e
beleza às corridas no hipódromo e à sua sede social. Um dos pontos importantes
foi a iluminação do local, inaugurada em 27 de julho de 1950 e aperfeiçoada na gestão
de Francisco Eduardo de Paula Machado. Daí em diante, apareciam as corridas
noturnas e a disseminação de Jockey Club com seus hipódromos por todo o país. 

O
turfe é disciplinado e organizado por leis especiais estabelecidas nos
estatutos de um clube de turfe (Jockey Club). As corridas a cavalo são
promovidas com apostas permitidas por lei gerando prêmios em dinheiro a
criadores e proprietários, a jóqueis e treinadores, entre outros.
Uma
das maiores festas do turfe brasileiro, o GP Brasil realizado no JCB em 2007 foi destaque na mídia em geral. Nessa ocasião, a corrida pela segunda vez seguida era ganha por um vencedor de São Paulo. Foi o cavalo L’Amico
Steve, montado por Vagner Leal, a primeira vitória da parceria.
Um dos grandes nomes do esporte
é Jorge Ricardo, o Ricardinho, que alcançou a marca de 12.846 vitórias, quebrando
o recorde mundial. Ricardinho se tornou o jóquei em atividade com o maior
número de páreos vencidos em todo o mundo. Ele já disputou mais de 35 mil
páreos, o que representa o melhor desempenho mundial entre jóqueis em
atividade.
O turfe brasileiro desenvolveu-se
bastante e tem jóqueis-clubes espalhados por todo país. As corridas são
realizadas em hipódromos nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Rio
Grande do Sul.
A melhoria das raças
equinas e a exportação de animais campeões tornou-se uma das principais atividades
da cultura turfística. Os empregos gerados pelo turfe também ganham destaque, assim
como as altas somas em apostas, os prêmios e as vendas de animais. As apostas
podem ser realizadas on-line, em casas especializadas e nos próprios locais da
competição. Há haras especializados nos cavalos destinados às corridas de turfe.
Uma parceria entre o JCB e a PMU Brasil empresa subsidiária da francesa Pari Mutuel Urbain (PMU), trabalha com a oferta serviços de apostas hípicas. Com isso, busca-se: a modernização dos sistemas de apostas e gestão, as redes de distribuição on-line e os novos pontos de venda em diversos estados. A mídia passou a transmitir e pós-produzir corridas internacionais e de seis hipódromos do Brasil. As corridas são veiculadas pela TV Turfe e distribuídas pela PMU, além disso visa-se:
Uma parceria entre o JCB e a PMU Brasil empresa subsidiária da francesa Pari Mutuel Urbain (PMU), trabalha com a oferta serviços de apostas hípicas. Com isso, busca-se: a modernização dos sistemas de apostas e gestão, as redes de distribuição on-line e os novos pontos de venda em diversos estados. A mídia passou a transmitir e pós-produzir corridas internacionais e de seis hipódromos do Brasil. As corridas são veiculadas pela TV Turfe e distribuídas pela PMU, além disso visa-se:
· atrair novos públicos para o esporte;
· implantar lojas-conceito;
· expandir redes de lojas;
· exportar experiência local para outros países;
· lançar novos produtos;
· criar o hábito de assistir o esporte como entretenimento;
· resgatar o sucesso de público do passado nos eventos esportivos; e
· potencializar o caráter esportivo do turfe, gerando novos
negócios.
Um novo
modelo de gestão esportiva sustentável, especialmente implantado aliado ao marketing por essa parceria busca o desenvolvimento do turfe brasileiro pelo JCB.
Descrição
Conceitual
No turfe, as corridas mais comuns podem ocorrer com
cavalos das raças: PSI, quarto de milha, apaloosa e árabe. A raça mais
utilizada no esporte é o PSI
No Brasil, as corridas para o PSI são realizadas normalmente
em distâncias que variam entre 1.000 metros e 3.500 metros. As pistas podem ser
de areia ou grama e ovaladas ou retas. O registro dos cavalos PSI está sob o
controle do Stud Book.
O turfe destina parte do que arrecada ao fomento do
cavalo de corrida PSI. O jogo
de apostas no turfe é feito por uma ou mais pessoas interessadas em determinado
cavalo ou a uma combinação deles. Há um valor mínimo na aposta para um vencedor,
cabendo ao apostador fixar os seus limites. Um cavalo com um número grande de
apostas oferece um rateio menor do prêmio.
As apostas pagas pelos
jóqueis-clubes” referem-se às seguintes modalidades: vencedor, placê, dupla,
exata, trifeta, quadrifeta.
No turfe, a euforia da vitória gera lucros a todos os
participantes: o apreciador, o proprietário, o jóquei e o treinador de cavalos.
O número de cavalos em cada prova varia conforme o
tamanho do hipódromo, ou seja, a largura de suas pistas e, até mesmo, o local de
largada.
Um páreo pode ser realizado excepcionalmente com apenas
um animal ou até cerca de 20, embora a média esteja entre 10 e 12 animais.
Os animais começam a correr aos dois anos de idade, e não
há um limite máximo de idade para parar. Contudo, dificilmente o animal
ultrapassa dez anos de corrida, que pode ser realizada tanto por machos quanto
por fêmeas.
No Hemisfério Sul, a chamada idade hípica, época em que os
animais mudam de idade, ocorre em 1º de julho de cada ano. Em alguns poucos
países, essa troca ocorre em 1º de junho. No Hemisfério Norte, os animais trocam
de idade em 1º de janeiro.
No Brasil, as provas do calendário clássico do turfe são
reunidas em diversas categorias elaboradas para cada hipódromo e aprovadas pela
Associação Brasileira de Criadores e Proprietários do Cavalo de Corrida
(ABCPCC).
A ABCPCC apresenta a sua lista de provas chamadas clássicas. Elas são divididas em quatro
categorias, em ordem decrescente de importância: Grupo 1, Grupo 2, Grupo 3 e
Listadas.
A organização das corridas e a formação de seus programas
são feitos pelas comissões de corrida ou de turfe de cada hipódromo.
Os treinadores dos cavalos em condições de correr
inscrevem os seus animais nos respectivos páreos a que têm direito e, quando
estes são formados, contratam os jóqueis para montá-los.
As regras para a realização das corridas são regidas pelo
Código Nacional de Corridas, aprovado pelo Departamento de Fiscalização da
Produção Animal do Ministério da Agricultura (DFPA/MA), com sede em Brasília.
As corridas são fiscalizadas pelos chamados comissários de corrida. Eles determinam
os cavalos (além dos ganhadores) que irão ter a urina ou sangue examinados pela
pesquisa de doping.
Nas partidas dos páreos, os animais se alinham separadamente
dentro de um “partidor”.
Qualquer dúvida quanto à chegada é dirimida por
fotografia especialmente feita por um dispositivo próprio posicionado na
chegada.
Os jóqueis-clubes premiam proprietários, criadores e
profissionais do turfe (jóqueis, treinadores, cavalariços e o segundo-gerente),
da primeira à quinta colocação, de acordo com a Lei do Turfe.
Os recursos da premiação advêm das apostas permitidas por
lei nos hipódromos ou nos locais credenciados e aprovados pelo Ministério da Agricultura.
Os jóqueis-clubes proprietários dos hipódromos no Brasil
realizam corridas em função de um alvará concedido pelo DFPA/MA. São regidos pela
Lei nº 7.291, de 19/12/84, que dispõe sobre as atividades da equídeocultura no
país, e pelo Decreto nº 96.993 de 17/10/88, que a regulamenta.
O peso dos jóqueis depende do animal e do páreo e varia entre
50 e 60 quilos. As éguas, quando correm junto com os machos, recebem uma
descarga de dois quilos. Os hipódromos, normalmente constam
de vila hípica, casas de aposta e escola de formação de jóqueis.
As
corridas de cavalo, com exploração de apostas, geram recursos necessários à
coordenação e fiscalização da eqüideocultura nacional, através da Comissão
Coordenadora da Criação do Cavalo Nacional – CCCCN (Lei nº 7.291, de 19 dez 1984).
As
corridas do calendário clássico no Brasil são reunidas em diversas categorias
elaboradas para cada hipódromo e aprovadas pela Associação Brasileira de
Criadores e Proprietários do Cavalo de Corrida (ABCPCC).
O
esporte é desenvolvido pelos jóqueis-clubes, sendo as comissões de corrida dos
clubes encarregadas da administração das carreiras e dos hipódromos.
Organização Internacional
A Federação Internacional de Autoridades Hípicas (FIAH)
reúne todos os países onde se realizam corridas de puro-sangue inglês, com ou
sem obstáculos, e de trote.
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Referências Bibliográficas
CCI FRANÇA BRASIL. PMU investe na retomada do turfe no Brasil. Disponível em: https://www.ccfb.com.br/noticias/pmu-investe-na-retomada-do-turfe-no-brasil/. Acesso em: 16 jan. 2020.
COSTA, L. P. da (Org.). Atlas do esporte no Brasil. Rio de Janeiro: Shape, 2004.
FERREIRA, E. P. Comunicação pessoal. Rio de Janeiro. 2001.
FPH – FEDERAÇÃO PAULISTA DE HIPISMO. O hipismo. Disponível em: . Acesso em: 16 jan. 2020.
JOCKEY CLUB BRASILEIRO. A história Jockey Club Brasileiro. Disponível em: www.jcbinforma.com.br/historia. Acesso em: 20 fev. 2018.
MELO, V. A. CIDADE sportiva: primórdios do esporte no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2001.
TUBINO, M. J. G.; GARRIDO, F. A. C.; TUBINO, F. M. Dicionário enciclopédico Tubino do esporte. São Paulo: Senac, 2007.
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