Saltos Ornamentais/Diving: estética, acrobacia, precisão e beleza plástica no ar!


           




            





















 

         Uma das primeiras referências sobre trampolins de salto na água no Brasil apareceu no Rio Tietê, no Clube Espéria (SP), em 1905.
            As primeiras plataformas de saltos oficiais construídas nos clubes do Rio de Janeiro aparecem na década de 1910. Três anos depois era realizada a primeira competição nacional de saltos, na Enseada de Botafogo, no Rio de Janeiro. Este evento, organizado pela Federação Brasileira das Sociedades de Remo (FBSR) foi vencido por Adolfo Wellish, do Clube de Regatas Tietê (CRT), de São Paulo.
            O primeiro clube a construir uma piscina olímpica com equipamentos destinados aos esportes aquáticos foi o Fluminense Football Club (FFC), em 1919. Os equipamentos compreendiam trampolins e plataforma de saltos. 
            Em 1920, o salto ornamental brasileiro estreou nos Jogos Olímpicos com a participação do atleta Adolfo Wellisch. O evento foi realizado em Antuérpia (Bélgica), e Adolfo ficou em 13º lugar.
            No FFC, surgia a Prova Washington Luís, em 1921, evento vencido por Oswaldo Gomes, de São Paulo (SP). Essa competição foi reconhecida como Campeonato Brasileiro de Saltos a partir de 1928.
          As competições de saltos ornamentais no continente sul-americano começaram em 1934. Desde então, consolidou-se a hegemonia brasileira no esporte.
            A presença feminina nas competições somente se efetivou em 1935, durante o Campeonato Brasileiro de Saltos. O evento foi vencido por Ursúla van der Leyen, de São Paulo.
            Os saltos ornamentais difundiram-se no país durante as décadas de 1940 e 1950, impulsionada por uma série de fatores. Uma das maiores influências foi a construção de piscinas de saltos nos clubes sociais. Instalações apareciam em clubes como o Germânia (atual Pinheiros), o CRT, o Espéria e o Pacaembu, em São Paulo, e o Clube de Regatas Guanabara (CRG) e o Clube de Regatas Vasco da Gama (CRVG), no Rio de Janeiro.
Segundo Costa (2005: p.241), foi também nos clubes que começaram a surgir os grandes nomes do esporte, com a formação de atletas como Milton Busin, Haroldo Mariano, Arie Hanitz, Oswaldo Fiore, Fernando Telles, Milton Brasa, Paulo Fernandes e Julio Veloso. Na categoria feminina, despontaram os nomes de Eleonora Schmitt, Mary Proença, Sueli Martins, Laura Hecker, Sueli Martinez, Silina Braga, Joana Bielchowski, Angela Mendonça, Andréia Boehme e Silvana Neitzke.



         A participação brasileira nos saltos ornamentais se tornou regular em Jogos Olímpicos. A difusão do esporte se sustentava sobre a obtenção de resultados satisfatórios, porém sem a obtenção de medalhas.         


       Nos Jogos Olímpicos de 1948 participaram os atletas Milton Busin e Gunnar Kemnitz, no trampolim, e Haroldo Mariano, na plataforma. 
Busin obteve bons resultados em Olimpíadas, além de ter sido campeão sul-americano por dezenas de vezes. Ele obteve o sexto lugar no trampolim, nos Jogos Olímpicos de Helsinque (Finlândia), em 1952.
A primeira brasileira a participar das competições olímpicas de salto foi a atleta Mary Dalva Proença. O evento ocorreu em Melbourne (Austrália), em 1956. Ela terminou na 17ª colocação, na plataforma.
A partir da década de 1950, o esporte ganhou reforço com a formação do grupo Aqualoucos. Integrado por ex-atletas, esse grupo acabou ajudando o esporte a aparecer regularmente na mídia em geral.
A história do Aqualoucos começa com a atuação solo de Oswaldo Lopes Fiore, que divertia o público em eventos aquáticos. A partir daí, formou-se um grupo que apresentava shows no CRT. A equipe, que misturava vários elementos de ginástica e de saltos ornamentais, ficou conhecida por Reis do Trampolim e Aqualegres e percorreu diversas cidades do país. 
Foi o jornal A Gazeta que lhe deu o nome de Aqualoucos. Esse nome logo pegou e se espalhou com a criação de outras equipes pelo Brasil. A brincadeira se profissionalizou, ganhando coreografia, figurino próprio, convites, cachês e viagens. Os integrantes pulavam juntos ou separados, dependuravam-se no trampolim, empurravam uns aos outros, faziam piruetas, entre outras peripécias. A brincadeira produziu torções, arranhões, fraturas e até queimaduras, mas arrancava risos e muita alegria. 

            Outro fator que contribuiu para o desenvolvimento do salto ornamental brasileiro ocorreu com a publicação de livros especializados, como o Mergulhos Ornamentais, escrito por Eduardo Guidão da Cruz em 1953.
        Nas décadas de 1960 e 1970, ganharam destaque a formação e o aparecimento de técnicos especializados. Entre os grandes nomes nacionais, encontram-se Álvaro Augusto Guimarães de Brito Pereira (RJ) e Giovanni Casilo (DF). Eles ganharam notoriedade dirigindo as equipes de clubes e seleções brasileiras e produzindo textos, publicações, aulas e palestras sobre o esporte.
         Nas décadas de 1990 e 2000, a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), trouxe por contrato técnicos estrangeiros para dirigir as representações nacionais e reconfigurar o esporte.
Foi naquela época também que apareceram nomes como Juliana Veloso, Milena Sal, Evelyn Winkler, Cassius Duran, César Castro, Ubirajara Barbosa e Hugo Parisi, segundo Costa (2005: p.241).
As primeiras participações dos atletas brasileiros com resultados expressivos, em eventos internacionais se consolidava neste século. Uma delas coube ao atleta César Castro, que alcançou o 3º lugar no trampolim de 3 metros, no da Federação Internacional de Natação (FINA), em Coral Springs, na Flórida (EUA), em 2002. César obteve também o 4º lugar na classificação geral da Super Final do Grande Prêmio de Saltos Ornamentais da FINA.
             As participações brasileiras em Jogos Pan-Americanos ganhavam destaque com resultados expressivos em Santo Domingo (República Dominicana), em 2003, quando Cassius Duran foi prata na plataforma, e Juliana Veloso, prata na plataforma e bronze no trampolim.
A atleta Juliana Veloso passou a repetir seus bons resultados em eventos internacionais. Nos Jogos Pan-americanos do Rio de Janeiro, em 2007, ela obteve a medalha de bronze.
A atleta é a principal referência dos saltos ornamentais deste século, tornando-se recordista de participações em Jogos Olímpicos: 2000, 2004, 2008, 2012 e 2016. Além disso, atingiu a 2ª colocação na plataforma, no Torneio Benito Juarez (México), um dos grandes eventos de expressão no esporte aquático mundial.
           A implantação de mudanças estratégicas pela CBDA e pelo governo federal na década de 2010 criou novas oportunidades para o desenvolvimento dos saltos ornamentais. Entre as ações implantadas estavam o maior intercâmbio com atletas estrangeiros; a construção de centros de excelência; a aquisição de equipamentos e materiais de alta tecnologia; o apoio à formação de equipes de base; na promoção de cursos e de qualificação de treinadores e na participação conjunta de diversos profissionais para treinar as equipes nacionais.
        Os primeiros resultados expressivos com medalhas em competições internacionais começaram a ocorrer regularmente com atletas das categorias de base.
        A modalidade de saltos ornamentais atualmente passa por mudanças técnicas, como a introdução de saltos mistos, em que cada saltador executa três saltos.


Descrição Conceitual
         O salto ornamental é um esporte disputado com saltos dentro d’água, em piscina com dimensões oficiais. As provas são realizadas de forma individual ou por equipes (duplas).
Os equipamentos das provas são conhecidos como trampolim de 3 metros e plataforma de 10 metros de altura. Nesses equipamentos, são realizados exercícios obrigatórios e voluntários.
       É uma modalidade esportiva desempenhada em séries coreografadas, compostas por saltos, movimentos ginásticos acrobáticos e harmoniosos em queda livre e a penetração, em pé ou de cabeça, na água.
        As provas são avaliadas por árbitros. Nelas, são observados os seguintes itens: corrida, impulso, elegância, qualidade técnica, plasticidade, estilo, grau de dificuldade, sincronismo (para competições em duplas) e entrada na água.
          Os tipos e as posições dos saltos têm valores estabelecidos pela FINA.
        As provas de saltos ornamentais sincronizados por duplas podem ser realizadas tanto no trampolim quanto na plataforma.

Organização no Brasil
        O salto ornamental é organizado e dirigido pela Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA).

Organização Internacional
            Os saltos ornamentais são dirigidos e organizados pela Federação Internacional de Natação (FINA).

Nosso recado a você!
      Procure os esportes adequados aos seus gostos e pratique-os regularmente! Escolha entre as centenas que estão ao seu dispor e de acordo com as suas condições físico-orgânicas e socioeconômicas.
Afinal, você pode mudar de hábito. Busque um estilo de vida ativo!

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Referências Bibliográficas
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BRITO PEREIRA, A. A. G. de. Comunicação pessoal. Rio de Janeiro, 1992.
COSTA, L. P. da (Org.). Atlas do esporte no Brasil. Rio de Janeiro: Shape, 2004.
DUARTE, O. Todos os esportes do mundo. São Paulo: Makron, 1996.
MIRÁS, D. O último aqualouco. Disponível em: https://piaui.folha.uol.com.br/materia/o-ultimo-aqualouco/. Acesso em: 10 dez. 2018.
MORI, L. Saltos ornamentais insanos eram marca de 'Aqualoucos' do Tietê. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/saopaulo/2013/12/1385492-saltos-ornamentais-insanos-eram-marca-de-aqualoucos-do-tiete.shtml. Acesso em 26 nov. 2018.
LINDENGERG, N. Os Esportes: traçado e técnica dos campos esportivos. São Paulo: Cultrix, 1976.
KOHLER, A.; MIBIELLI, M. Comunicação pessoal. Rio de Janeiro, 2003.
TUBINO, M. J. G.; GARRIDO, F. A. C.; TUBINO, F. M. Dicionário enciclopédico Tubino do esporte. São Paulo: Senac, 2007.






















         

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