Basquete a cavalo: jogo arretado de bom!
"Basquete a Cavalo: valores inquestionáveis à formação militar e do cidadão"
Por Fernando Garrido
Como o esporte acontece?
Nos reportando a Tubino et al. (2007), o basquete a cavalo é uma modalidade das correntes de esportes com animais e militares.
O basquete a cavalo é praticado por dois times, com cinco cavaleiros ou amazonas em cada um. A finalidade do jogo é marcar o maior número possível de cestas contra o adversário.
O jogo é realizado em um picadeiro fechado, com duas tabelas de basquete fixadas em suas extremidades e uma bola. A bola pode ser roubada das mãos do adversário a cavalo.
Os cavalos usam apenas cabeçadas (selas não são permitidas). Os cavaleiros jogam de capacete e sem camiseta, pois elas não resistem à ação empreendida durante a atividade, com quedas, derrubadas, puxões, entre outros.
A bola não deve ser conduzida a pé nem quicada, mas carregada pelo cavaleiro montado.
No caso de a bola cair no chão, os integrantes dos dois times podem pular dos cavalos. Nesse momento, um entreveiro se forma para disputá-la, pegá-la e passá-la para alguém de um dos times que esteja montado.
No jogo, é permitido derrubar os outros cavaleiros a qualquer instante.
Não há como precisar o início do basquete a cavalo no Brasil.
O jogo surgiu na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), instituição de
ensino superior militar criada com o nome de Academia Real Militar em 1810.
De acordo com uma das hipóteses, o esporte teria surgido no
país com a chegada da Missão Militar Francesa (MMF) em 1919. A instituição
tinha por objetivo precípuo a profissionalização e a modernização do Exército
Brasileiro (EB), fato que perdurou até 1940.
Durante esse tempo, as escolas militares do EB foram
reorganizadas, e a doutrina do Exército,
reorientada. Elaboraram-se novos regulamentos, o ensino e os oficiais se
aperfeiçoaram, a instrução militar incorporou a equitação e a Educação Física, entre diversas outras
tarefas.
Outra hipótese recai sobre a criação da Escola
de Equitação do Exército (EsEqEx), em 1954. A escola havia surgido da
reorganização do Centro de Formação de Oficiais
Instrutores de Equitação, estabelecido em 1922 sob a orientação da MMF.
Naquele local, tiveram origem,
formação, treinamento e competições vários outros esportes militares. Entre
alguns deles estão a equitação esportiva e o polo equestre, esporte que começou
a se desenvolver como uma disciplina básica do curso de Instrutor de Equitação.
A vinda da MMF favoreceu a formação e a transmissão
de novos conhecimentos sobre o hipismo. Empregado na preparação à guerra, o
esporte acabou estimulando a competição esportiva, principalmente por meio do Concurso
Completo de Equitação (CCE), realizado nas organizações do EB.
Nesse rol de esportes hípicos, também são
encontrados o adestramento e os saltos equestres, que logo começaram a ser
praticados no meio militar, com presença em competições internacionais.
Uma das hipóteses mais aceitas, contada por
militares da ativa, e especialmente da reserva, é a de que o esporte foi criado
a partir de duas outras modalidades na Aman. São elas: o pato, um esporte de
origem argentina, jogado atualmente com bola de couro de seis asas e,
antigamente, com um pato vivo, e o buzkashi, um esporte afegão de caçada ao
bode, hoje ainda existente. Contudo, eles não souberam especificar sua data
precisa de criação. O tempo de prática desse jogo sugere que ele date de antes da metade do
século 20.
O esporte é praticado
regularmente por oficiais e alunos da Aman, com equipes dos sexos feminino e
masculino disputando jogos.
Um outro local onde é observada
a prática do basquete a cavalo é no Regimento Osório, no Rio Grande do Sul.
Uma das épocas em que se
pode observar a prática do basquete a cavalo é na Semana da Cavalaria, na Aman.
As comemorações envolvem diversas atividades para celebrar o dia da Arma de
Heróis, em 10 de maio. Entre as atividades oferecidas, estão o concurso de
quadro-mural, cultos religiosos, basquete a cavalo, provas hípicas, cerimônias,
provas de cross-country, demonstrações de saltos, caça à raposa, almoços
festivos e bailes.
Na formação do militar na Aman o Curso de Equitação,
na Seção de Equitação Militar o cadete tem a oportunidade na estreita relação no trato com o cavalo de desenvolver atitudes, princípios e valores éticos, morais, sociais e afetivos. As ações e iniciativas estabelecidas por essa relação fortalecem a manutenção das tradições militares, além de atuar em favor da formação do militar e cidadão.
Calaméo. Informativo O
Relincho. Basquete a Cavalo. Disponível em:
ww.calameo.com › boo. Acesso em: 22 mar 2020.
FLORES, B. M. A importância
da equitação militar para o desenvolvimento da liderança no futuro oficial de
artilharia. Disponível em: https://bdex.eb.mil.br/jspui/handle/1/1144?mode=full.
Acesso em: 7 mar. 2020.
VAZ. Comunicação pessoal. Rio
de Janeiro, 2020.
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